Cada vez mais ouvimos falar de casos de assédio sexual no transporte coletivo. Temos a impressão de que os números aumentaram de alguns anos para cá, mas é preferível acreditar que houve um aumento do número de denúncias.
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Não só as vítimas, como também as pessoas que presenciam a violência estão expondo e denunciando os agressores. E pessoas de todas as idades, inclusive uma adolescente de 14 anos.
A estudante Anna Bernardo confrontou um homem que estava se aproveitando de uma mulher dentro de um ônibus, no Rio de Janeiro. Uma filmagem mostra a tentativa frustrada do rapaz de assediar a passageira.
Anna disse ao BuzzFeed News que alertou o motorista do coletivo, que não fez nada sobre o ocorrido. O assediador estava sentado na frente dela e, com a tela do celular apagada, tentou ver quem estava atrás dele observando seus movimentos.
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“Daí ele foi pra frente e eu fui lá gritar com ele. E foi nessa hora que minha amiga começou a gravar”, lembra Anna.
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A adolescente acabou expulsando o agressor do ônibus. Só depois do ocorrido ela refletiu sobre os riscos que correu. Ela acredita que a mulher tenha prestado queixa, mas não tem certeza.
Veja o vídeo:
Mano essa menina merece nota dez namoral ???? pic.twitter.com/ZUAuv6lSAm
— j❤️ (@jana17521552) 22 de setembro de 2018
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Adesivos para mulheres descerem fora do ponto
Há alguns dias falamos de uma determinação da SPTrans que obriga as empresas de ônibus de São Paulo a colocarem adesivos nos veículos indicando que a mulher pode escolher o local mais seguro para descer à noite.
Foi durante o dia que Anna expulsou o agressor do coletivo. Isso mostra que o agressor não tem hora certa para agir.
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A determinação da SPTrans é uma conquista de grupos feministas e conscientiza as passageiras sobre uma lei que existe em São Paulo desde 2016. Mas, enquanto o assédio persistir, a mulher deve ter o direito assegurado de desembarcar a qualquer hora do dia quando sentir que está sendo violentada.
O Rio de Janeiro e as outras cidades também deveriam ter uma lei que garantisse esse direito, mas não apenas após as 22h, como acontece na capital paulista. Anna não teria corrido o risco de ser agredida pelo homem que assediou a mulher, concorda?
crédito das imagens: Reprodução/Twitter @jana17521552
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