De uns tempos pra cá a discussão em relação à educação, as diferentes formas de ensino e o conteúdo estudado vem aumentando. É neste sentido que a Escola de Ensino Médio Governador Celso Ramos, em Joinville (SC), iniciou um programa chamado Etnomatemática, com os alunos do segundo ano desta escola, proposto por Andreia Cristina Maia Viliczinski, professora de matemática da rede pública de ensino de Santa Catarina e cuja umas uma das principais vertentes é a Afroetnomatemática.
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A proposta pedagógica deste programa é estudar o ser humano em sua totalidade, respeitando as diferenças e promovendo um debate aberto em relação às minorias, sendo assim, uma das principais vertentes do inovador programa é a Afroetnomatemática, que estuda temas como o osso de Ishango, o jogo Mancala, formas geométricas nos fractais, gráficos na areia (também conhecidos como gráfico de Sona), capoeira e o jogo de búzios. Através deste projeto, os alunos são capazes de resolver questões do dia a dia, utilizando a probabilidade, uma das matérias clássicas da matemática.
“Todos os povos têm os seus saberes, seu acúmulo específico de experiências, aprendizados e invenções. O raciocínio, a razão, o pensamento lógico e abstrato, as capacidades de observar, comparar, medir e selecionar, estão presentes em todas as sociedades”, escreveu Andreia para o site Porvir.
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Os gráficos de Sona é uma maneira diferente de contar, que cria diferentes análises combinatórias, formando desenhos incríveis, como este:
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Esta é uma maneira de aproximar mais a matemática dos alunos e, ao mesmo, tempo, propor um debate atual e importante, que valoriza as diferenças e abrange todos os diferentes povos e culturas, principalmente a afro. Uma das premissas básicas desta matéria é discutir relações étnicas raciais que permearam a construção do Brasil e que deve ser uma obrigação de todos os cidadãos conscientes.
Soluções de problema com a Afroetnomatemática
O que costuma ser visto como um desafio para os professores de matemática, que é abordar temas como análise combinatória, gráficos, probabilidade e raciocínio lógico, a afroetnomatemática consegue solucionar de forma simples ao mesmo tempo que aborda a história da África, que está diretamente ligada com a do Brasil.
O projeto ‘África o Berço da Matemática’ permite com que os alunos estabeleçam uma relação direta dos conflitos vistos no mundo hoje com a história deste continente e ele começou com a exibição do filme “Besouro”, que resgata a memória dos afrodescendentes no Brasil. Através de trabalhos extracurriculares em que a sala é dividida em grupos, os alunos conseguiram estabelecer uma ligação entre cada tema proposto com a matemática, aprendendo de forma mais lúdica, interativa e leve.
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Com informações de Porvir
Fotos: Revista Scientifc American Brasil / Adrenalina Pura
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