A Airbnb negou hospedagem a várias pessoas que pretendiam participar da Unite the Right Free Speech Rally, uma marcha racista, em Charlottesville, na Virgínia, Estados Unidos que aconteceu na última sexta- feira (11).
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Ouça a história de como a Airbnb ajudou no combate à descriminição! Clique no play acima!
Segundo o site Gizmodo, um porta-voz da Airbnb confirmou as intenções da empresa:
“Em 2016, estabelecemos o Compromisso da Comunidade Airbnb, refletindo a nossa convicção de que para cumprir nossa missão, aqueles que são membros da comunidade Airbnb aceitam pessoas independentemente da raça, religião, origem nacional, etnia, deficiência, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou idade. Pedimos a todos os membros do Airbnb que assinem afirmativamente esse compromisso. Quando, através de nossos processos de verificação de antecedentes ou através de nossa comunidade, identificamos comportamentos que seriam a antítese do compromisso da Comunidade Airbnb, procuramos a tomar as medidas adequadas incluindo, como no caso presente, retirá-los da plataforma.”
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Um tópico no The Daily Stormer, um site de notícias neonazistas, mostrou que alguns usuários do site planejaram suas estadias no Airbnb – e estavam se preparando para realizar festas em seus aluguéis após o evento , o que a fez investigar mais sobre o caso.
Um porta-voz da Airbnb disse que a empresa não tinha números exatos sobre quantas reservas foram canceladas e quantas contas foram removidas.
people shouldn’t just #boycottairbnb they should sue @airbnb
imagine trying this approach if you rented to the public pic.twitter.com/MeGQPPjlWM
— the worst dude (@worst) 6 de agosto de 2017
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Essa postura não agradou o organizador da marcha, Jason Kessler.
“Isso é ultrajante e deve ser motivo para uma ação judicial”, disse Kessler ao The Washington Post na noite de segunda-feira.
Segundo ele, a manifestação “se opõe ao deslocamento histórico e demográfico de pessoas brancas”.
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“Airbnb cancelaria o serviço de nacionalistas negros ou ativistas da Black Lives Matter (“As vidas dos negros importam, um movimento que luta contra as condições econômicas, sociais e políticas que oprimem os negros dos EUA) ? Claro que não!”, disse Kessler.
Segundo o site El País, que cita o evento como “a maior marcha dos supremacistas brancos nos últimos anos nos Estados Unidos”, o evento deixou três mortos, uma mulher de 32 anos e dois policiais, além de pelo menos 34 feridos e um número indeterminado de pessoas presas. A mulher morreu depois que um carrou foi jogado contra manifestantes críticos aos grupos racistas. O grupamento antirracista Black Lives Matter estavam entre os contramanifestantes.
Na sexta-feira à noite, as primeiras centenas de manifestantes supremacistas se reuniram no campus da Universidade da Virgínia, ao lado de uma estátua de Thomas Jefferson, um dos pais fundadores dos EUA, para lançar os primeiros cânticos de protesto, com proclamas como “as vidas dos brancos importam” e “vocês não vão nos substituir”, desfilando à noite por Charlottesville com tochas acesas.
A primeira-dama, Melania Trump, escreveu no Twitter, pouco depois dos distúrbios: “Nosso país promove a liberdade de expressão, mas nos comuniquemos sem ódio em nossos corações. Nada de bom vem da violência. #Charlottesville”.
Foto da capa: Andrew Caballero-Reynolds/Agence France-Presse — Getty Images
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