Matemático, lógico, criptoanalista, cientista da computação… e gay. Alan Turing (1912-1954), considerado hoje o “pai da computação”, pioneiro na concepção de inteligência artificial e herói da Segunda Guerra Mundial, foi condenado por ‘indecência’ em 1952, em uma época em que a homossexualidade era considerada crime na Grã-Bretanha.
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Como alternativa à prisão, aceitou o tratamento com hormônios femininos para reprimir a libido e castração química. Humilhado pela condenação, se suicidou dois anos depois.
Após cinco décadas, em 2009, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown fez um pedido oficial de desculpas público, em nome do governo britânico, devido à maneira pela qual Turing foi tratado após a guerra.
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Em 2013, recebeu o perdão real da rainha Elizabeth II, da condenação por homossexualidade.
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O genial cientista teve sua história retratada no filme “O Jogo da Imitação” (2014), onde Turing é revivido pelo ator Benedict Cumberbatch, indicado ao Oscar por sua atuação.
Agora, 65 anos após sua morte, o Banco da Inglaterra fará uma homenagem à Alan Turing, cujo rosto será estampado em milhares de notas de 50 libras. Ele foi escolhido em uma lista com mais de 200 mil nomes.
As notas entrarão em circulação no final de 2021, segundo comunicado liberado pelo banco na segunda-feira (15).
“Alan Turing foi um matemático excepcional cujo trabalho teve um impacto enorme em como vivemos hoje. Como o pai da ciência da computação e inteligência artificial, assim como herói de guerra, as contribuições de Alan Turing foram muito variadas e inovadoras”, comentou Mark Carney, governador do Banco da Inglaterra.
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Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cientista trabalhou para a inteligência britânica quebrando códigos alemães. Por conta da sua ocupação e êxito nas operações, tornou-se influente no desenvolvimento da ciência da computação.
Ao término da guerra, com vitória dos Aliados, Turing enfrentou processos criminais por conta de sua homossexualidade, revelada por autoridades que jamais tiveram simpatia por ele. A condenação humilhante a que foi submetido resultado em seu suicídio: ele comeu uma maçã envenenada com cianureto letal.
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Fonte: Emais/Foto: Reprodução/Estadão
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