Alunos da UFRJ criam fundo para reformar hospital

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Alunos e ex-alunos do curso de medicina da UFRJ, inconformados com a degradação do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), se uniram para tentar melhorar as condições de atendimento e de ensino. Eles formaram o grupo Amigos do Hospital do Fundão e criaram um fundo patrimonial que tem como meta arrecadar doações e se tornar autossustentável, a exemplo de outros fundos universitários existentes no mundo.
“O HUCFF é a nossa casa dentro da UFRJ, lá acontece o nosso primeiro contato com o paciente. É ali que a medicina é vivida por nós. Infelizmente, o HU vem sofrendo com o desmonte da universidade pública e todos são afetados: pacientes, professores, funcionários e alunos. Era preciso pensar numa forma de modificar a nossa realidade, aí nasceu o Amigos do Hospital do Fundão”, explica Lucas Góes, 27 anos, um dos criadores do grupo.
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Isso foi em 2017. A ideia inicial foi pensar em projetos que os próprios estudantes, com doações e trabalho voluntário, pudessem fazer para melhorar o atendimento no hospital.
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Detectaram então, um grande problema: “O hospital possui janelas enormes, que criam um ambiente muito bem iluminado, mas que também podem incomodar os pacientes. Decidimos usar o dinheiro arrecadado para comprar e instalar insulfilme em algumas das enfermarias do 9° andar do HUCFF. Foi preciso dois mutirões para cumprir nosso objetivo, mas conseguimos instalar todo o insulfilme que compramos”, lembra Góes.
Motivados pelo sucesso desta primeira ação, o grupo começou a pensar em uma forma de realizar outros projetos, mas sem a necessidade de pedir doações a cada nova iniciativa. A solução seria um fundo patrimonial autossustentável, pouco comum no Brasil, mas importante fonte de financiamento para outras universidades no mundo, como Harvard e Yale.
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O fundo, já criado pelo grupo, irá funcionar da seguinte forma: a verba inicial virá de doações de ex-alunos e pessoas físicas ou jurídicas que apoiam o hospital. Esse dinheiro irá formar um ‘principal’ que será investido. Assim será possível gerar rendimentos que serão gastos em projetos no HU. Como o ‘principal’ não é utilizado, ele permanece inalterado e cresce a cada doação. Deste modo, tem-se uma fonte de renda vitalícia, acabando com a necessidade de pedir doações para iniciar cada novo projeto.
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Segundo Góes, a direção da UFRJ ainda não está totalmente aberta a essa nova forma de financiamento. “Porém pretendemos, com pequenos projetos com os alunos, mudar essa concepção”, diz o ex-aluno e agora médico residente.
Góes explica que um outro fundo, o da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), é o pioneiro no Brasil e grande exemplo de como os fundos patrimoniais podem gerar apoio às universidades.
“Eles nos ajudaram no processo de criação e estruturação do nosso fundo. Esperamos da mesma forma poder inspirar a criação de fundos patrimoniais universitários no Rio de Janeiro”, diz Góes.
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(Fotos: reprodução/Facebook)
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