Amigos órfãos da África são adotados por famílias na mesma cidade do Arizona

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O motivo que os uniu não é uma história com começo feliz, mas a trajetória destes dois melhores amigos em compensação é linda, cheia de conquistas, felicidade e inspiração.

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Hoje, Kelvin Lewis e Afonso Slater, ambos com 18 anos, fazem tudo juntos. Mesma escola, mesmo time de futebol, ganharam seus prêmios Eagle Scout juntos e no próximo outono não só pretendem cursar a Universidade Brigham Young juntos, como serão colegas de quarto também.

Ainda muito novos, perderam seus pais para a AIDS em Moçambique e passaram a viver em um orfanato, onde um cuidava do outro.

Em 2008, os dois foram adotados, cada um por uma família, porém, as duas no mesmo lugar, em Gilbert, no Arizona.

“Onde Kelvin está, Afonso está logo atrás e vice-versa”, disse LaCinda Lewis, mãe de Kelvin ao The Huffington Post. “A amizade deles é muito forte e é a razão deles serem mais como irmãos do que apenas amigos.”

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Ao The Arizona Republic, Afonso disse: “Em minhas memórias mais antigas eu sempre lembro de Kelvin lá.”

“Quando eu conheci o Kelvin, Afonso estava ao seu lado, com o braço em volta um do outro, sempre”, disse LaCinda. “Eles tinham tão pouco, mas eles tinham um ao outro, o que os sustentava.”

LaCinda e seu marido, John, decidiram adotar Kelvin em 2002, antes mesmo de conhecê-lo. Eles o conheceram através do Care For Life, uma ONG de Moçambique comandada por sua futura nora, Annie Packard, e sua mãe, Cindy Packard. Kelvin foi achado buscando comida nas ruas, antes de ser deixado em um orfanato por sua tia. Assim que a família Lewis conheceu Kelvin, o seu oitavo filho, se apaixonaram imediatamente.

De acordo com, Greg e Sharon Slater, que adotaram Afonso, o conheceram durante um programa de viagem de prevenção à AIDS na África em 2002. Assim que eles encontraram seu futuro filho e seus dois irmãos, o casal disse à People que sabiam “em cada fibra” que os três fariam parte de sua família.

No entanto, as duas famílias tiveram dificuldades para conseguir adotar os meninos. Ao longo dos próximos seis anos, ambas as famílias viajaram inúmeras vezes até Moçambique para articular com juízes e funcionários dos países para que a adoção fosse feita corretamente.

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“Não tínhamos ideia de que Moçambique não tem um acordo de adoção com os EUA ou qualquer outro país”, disse LaCinda ao HuffPost. “O que estávamos tentando fazer era estranho para eles.”

De acordo com o Bureau de Assuntos Consulares, Moçambique não se enquadra no âmbito da Convenção de Adoção de Haia, um acordo feito em 1993 para proteger as adoções internacionais.

O processo foi difícil para os meninos também, como Kelvin descreveu The Arizona Republic: “Toda vez que [LaCinda] veio eu pensava que finalmente eu poderia ir com ela, por isso era bastante emotivo. Mas ela sempre me dizia que iria voltar”.

Entre tantas idas e vindas, só depois de algum tempo as famílias descobriram que estavam adotando os melhores amigos e que eles viveriam na mesma cidade. Quando se deram conta disso resolveram não contar ao meninos e fazer uma surpresa para eles.

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“A única maneira disso fazer sentido para mim é que havia um plano maior para a nossa amizade durar”, Afonso disse à People. “Eu precisava de Kelvin em Moçambique, porque contamos um com o outro para ter conforto. E eu não posso explicar, mas só fazia sentido que ele acabasse no Arizona também.”

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