Mais uma vez, a cantora Anitta faz barulho na internet, dessa vez com o lançamento do clipe “Vai Malandra”, gravado no Morro do Vidigal, a produção é cheia de empoderamento feminino, sororidade, diversidade, representatividade LGBTQ e diversos outros questionamentos.
O clipe já começa com Anitta subindo em uma moto no morro, e a cena mostra o real: celulites aparecem, e assim como a cantora exigiu, nada de retoque para escondê-las:
http://www.giphy.com/gifs/xUOxeUqlu2IGfN4nJK
A cantora fez questão de mostrar o corpo natural em todas as cenas, para retratar a mulher real. “A Anitta deixou claro que não queria que a retocassem digitalmente. Ela queria mostrar o corpo real, com celulites, como é”, disse em conversa com VEJA, Marcelo Sebá, responsável pelo roteiro e pela direção criativa, contou detalhes sobre a produção.
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Logo depois aparece o modelo Sam Gonçalves, que tem vitiligo, e tem ajudado a disseminar mais informações sobre essa condição de pele, e marcou presença no clipe:
Outro elemento bastante forte no clipe é sobre os movimentos que acontecem dentro da favela, e que ganham características próprias, como estética, musical e comportamental. Um deles é sobre os biquinis feitos com fita isolante, onde as mulheres se bronzeiam na laje para ter a marquinha perfeita, isso é um movimento genuíno da favela, e que tem ganho adeptas fora do morro:
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A partir do 2:23 entra então uma cena de um baile funk, outro elemento bastante característico da favela, só que esse baile tá cheio de representatividade! Como Marcelo Sebá disse quando divulgou a foto abaixo em seu Instagram:
“Esta foto contém atitude, empoderamento feminino, sororidade, diversidade, representatividade LGBTQ, visibilidade trans, contestação de padrões estéticos, respeito, amor, união e solidariedade. Esta foto contém @anitta e os valores nos quais acreditamos. #VaiMalandra é isso. Uma declaração de amor ao ser humano e suas características únicas. Um olhar sobre como vivem os moradores das favelas cariocas, buscando alegria em meio a uma verdadeira guerra civil. Um basta à luta de egos que tomou o nosso mundo de assalto”.
Além da participação de moradores do Vidigal, o clipe contou com convidados LGBTs, como a atriz transsexual Wallace Ruy, o modelo andrógino Goan Fragoso e Jéssica Tauane, criadora do Canal das Bee, no YouTube. O empoderamento feminino também é pauta da produção. Aproximadamente 80% do elenco é composto de mulheres. “Achamos importante tratar dos conceitos de sororidade, que a Anitta já está envolvida”, disse ele Marcelo à Veja.
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Assista o clipe:
Em um ano em que tanto se falou sobre a importância da representatividade nos meios de comunicação, ver a cantora levar ao palco bailarinos com Down, cadeirantes e modelos plus size (relembre aqui) e agora com esse clipe trazer tantas pessoas incríveis e que precisam cada vez mais ser conhecidas pelo grande público, é de se tirar o chapéu.
E para quem for comentar que isso não tem nada a ver com o site, lembre-se que, independente se você goste ou não da cantora, é inegável o trabalho que ela tem feito para dar visibilidade à diversas minorias e tratá-las de igual para igual em suas produções.
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Parabéns Anitta! E que venha mais fechação em 2018!
Crédito: Reprodução Instagram @marceloseba e Youtube