Apesar de tudo que aconteceu em 2016, a tendência para a humanidade é muito positiva

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Este texto foi publicado originalmente no site FastCoExist e traduzido livremente por Simone Rosito:

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2016 foi ruim. 2017 pode ser ainda pior. Mas, no geral, a vida no planeta vem melhorado para as pessoas – e pode continuar melhorando desde que continuemos trabalhando para isso (e solucionando a questão de mudança de clima)

É fácil ter um sentimento de fim do mundo levando-se em conta as manchetes de mudanças climáticas, a situação na Síria e a perspectiva da presidência de Trump. Apenas 6% de americanos acreditam que o mundo tem melhorado. E, mesmo assim, em questões fundamentais, ele tem melhorado mesmo.

Numa serie de gráficos, o economista de Oxford Max Roser fundamenta o argumento de que humanos tem uma vida muito melhor hoje do que tinham num passado não muito longínquo.

Duzentos anos atrás, somente uma minúscula classe privilegiada tinha um padrão decente de moradia, com a imensa maioria vivendo em extrema pobreza. Esse cenário começou a mudar com a industrialização, que fez com que habitação, comida e outras necessidades ficassem mais em conta.

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Em 1950, um quarto da população mundial já havia saído da situação de extrema pobreza. Hoje esse numero já é de 90%.

Com a pobreza deixada para atrás, as pessoas se tornaram mais saudáveis – sendo que melhores habitações, condições sanitárias e dietas mais saudáveis tiveram um papel ainda mais importante nisso do que a descoberta de antibióticos e vacinas. Em 1800, 43% das crianças morriam antes de chegar aos 5 anos. Em 2005 esse número já havia diminuído mais de 100 vezes, para 4.3%.

O mundo hoje também é bem mais instruído. Em 1820, apenas 1 de cada 10 pessoas era alfabetizada. Hoje, esse numero é de 8 em cada 10. Roser ressalta que devido ao crescimento populacional, isso significa que hoje existem muito mais pessoas aptas a ajudarem a resolver os problemas mundiais. Em 1820, apensas 120 milhões de pessoas conseguiam ler. Hoje são 6,2 bilhões.

O percentual de pessoas sem nenhuma instrução vem encolhendo rapidamente, enquanto que o número de pessoas com educação superior vem aumentando. Até 2100 praticamente todo mundo no planeta terá alguma educação formal.

Os países hoje são mais democráticos. Nos anos 1800s, mais de um terço da população global vivia sob regime colonial, com praticamente todo o restante vivendo sob autocracias. Agora, mais do que metade da população vive em democracia. Esse número seria ainda maior se não fosse a enorme população da China vivendo na maior autocracia ainda em existência.

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Neste site, Roser destaca várias outras mudanças positivas. Taxas de homicídio são bem menores do que há 4 séculos atrás. Menos guerras acontecem e o número de mortes nessas guerras são bem menores do que eram no começo do século 20.

Claro que todas essas informações não significam que tudo no mundo está bom hoje em dia. Por exemplo, mudanças climáticas podem muito bem desfazer todo o progresso feito nas condições de pobreza globais. Além disso, essas informações não ajudam muito aqueles que não compartilham dos altos padrões de vida do mundo desenvolvido e nem aqueles cujas perspectivas para os próximos quatro anos são de piora e não melhora. Mesmo assim, Roser acredita que um melhor entendimento nas tendências de longo-prazo para o progresso – algo que a mídia não fala muito – pode trazer mais esperança para a resolução de problemas. E talvez estejamos em uma melhor posição para resolvê-los do que jamais estivermos.

Roser escreve:

“Não existe nenhuma certeza de que todos os problemas serão resolvidos – não existe um decreto assegurando a continuação da tendência de melhoria em condições de vida. Mas, em termos de perspectivas de longo prazo, fica claro de que os últimos 200 anos nos deixaram em uma posição como jamais vista antes para melhor solucionar esses problemas. A solução de problemas – grandes problemas – sempre requer uma ação colaborativa. E o grupo de pessoas hoje capazes de trabalharem juntas é muito, mas muito, mais forte do que jamais visto nesse planeta. Nós já percebemos as mudanças nos últimos tempos, com o mundo ficando mais saudável, rico e melhor instruído.” 

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Não que o mundo esteja pior, nós que não sabemos das coisas boas que acontecem

No palco do TED, Peter Diamandis, fundador da X Prize Foundation, defende o otimismo – que nós inventemos, inovemos e criemos meios de resolver os desafios que pairam sobre nós. “Não estou dizendo que não temos problemas; certamente os temos. Mas no final, nós acabaremos com eles”.

Ele prova que o fato de darmos mais atenção às notícias ruins é uma forma de defesa do nosso cérebro, que tenta se prevenir e precaver de possíveis problemas, e que sim, existem muitas Razões Para Acreditar em um mundo melhor, e que realmente temos motivos para sermos otimistas, olhem só:

Foto de capa: Himanshu Singh Gurjar

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