A busca pela realização de um sonho não tem idade para a aposentada Flora Conti, que decidiu fazer o seu primeiro mochilão aos 64 anos. Como destino, ela escolheu um dos lugares que acredita que está entre os mais lindos do mundo: a cidade Inca de Machu Picchu, na região de Cusco, no sudeste do Peru.
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A aposentada, que mora em Botucatu (SP), criou sozinha os três filhos, que atualmente estão na faixa dos 35 a 40 anos. Ela dedicou grande parte da vida ao trabalho em órgãos públicos. Depois de décadas focada na família e no serviço, Flora decidiu que era o momento de buscar a felicidade e ir atrás de alguns dos sonhos que acumulou ao longo da vida.
O desejo de conhecer Machu Picchu surgiu há cerca de cinco anos, após ler sobre a região e ver imagens da cidade perdida dos Incas. Porém, ela somente criou coragem para ir ao lugar em junho deste ano. “Meu filho estava indo para Londres e decidi que deveria viajar também. Se eu não fosse agora, talvez depois ficasse mais complicado para mim, pois farei 65 anos em setembro”, conta.
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Flora convidou algumas amigas e os filhos para acompanhá-la na viagem. No entanto, ninguém pôde viajar com ela. “Mesmo sem companhia, decidi que essa era a minha hora e fui sozinha mesmo.”
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O principal apoio da aposentada foi dado pelos filhos, que a auxiliaram desde o começo dos preparativos para a viagem. “No início, eles ficaram bastante preocupados, mas gostaram da ideia. Me disseram que eu deveria ir, mas pediram para que eu os mantivesse informados. Eles me apoiam bastante em tudo e sempre se preocupam se eu estou feliz”, relata.
Para organizar a viagem, ela acessou diversos sites e páginas sobre mochileiros que foram a Machu Picchu. “Depois disso, conversei com meu filho e começamos a pesquisar sobre hotel, hostel e outras coisas da viagem. Comprei minha passagem com antecedência e anotei todas as dicas que via em grupos de viajantes.”
Em 11 de agosto, ela embarcou naquela que foi a sua primeira viagem sozinha. Um dos maiores desafios de Flora foi vencer os próprios medos. “Eu tive muita insegurança. Logo que cheguei no Peru, tive que me virar. Não havia ninguém me esperando, era eu mesma apenas. Para driblar o medo, toda hora eu pensava: é um sonho e vou superar”, recorda.
“Quando você está lá, as coisas vão acontecendo aos poucos e você vai superando. o importante é a gente correr atrás. No fim, fiquei feliz, mesmo com meus medos e inseguranças”, completa.
O destino inicial foi Lima, no Peru, onde ficou dois dias e fez passeios curtos. Posteriormente, pegou um ônibus para Cusco, onde visitou diversos sítios arqueológicos, museus e catedrais. “Conheci toda a parte principal da cidade”, conta.
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Depois, a aposentada embarcou em outro ônibus para realizar o sonho de conhecer Machu Picchu. “No caminho, conheci várias pessoas que também estavam viajando sozinhas. Havia uma menina do Rio de Janeiro e outra senhora brasileira também”, detalha.
Na fila para conhecer a cidade Inca, Flora juntou-se a um grupo, que fez companhia a ela durante a visita à região. “Eu me senti realizada junto àquelas pessoas. Quando conheci Machu Picchu, olhava tudo aquilo e pensava: ‘eu estou aqui’. Era maravilhoso. Era tudo o que eu queria. Também era lindo ver o guia contando a historia do que tinha acontecido com os Incas e tudo mais.”
Por estar sozinha, a aposentada pedia aos colegas de viagem que a fotografassem. Ela acabou despertando a curiosidade dos outros viajantes. “As pessoas me perguntavam: ‘a senhora está sozinha?’. Quando eu dizia que sim, eles respondiam: ‘nossa, que incrível’. Isso me deixava muito realizada. Mesmo estando sozinha, eu fui muito feliz. Todas as pessoas que encontrei achavam muito bacana o que eu estava fazendo”, comenta.
Apesar da solidão, que em alguns momentos a entristeceu, a aposentada classifica a viagem como uma das experiências mais incríveis de sua vida. “Foi maravilhoso. Teve alguns momentos de medo, mas no geral, foi uma experiência linda. Acho que mesmo com receio, a gente tem que tentar, porque nada é tão difícil na vida. Para quem tem vontade de viajar, eu digo: pense bastante, mas crie coragem e vá.”
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Em 16 de agosto, Flora retornou ao Brasil. Encantada com a experiência de ser mochileira, ela já planeja novas aventuras. O próximo objetivo é percorrer o Caminho de Santiago, na Espanha. “Na minha cidade, a gente faz muita caminhada, e por isso sonho em ir para Santiago de Compostela. Mas desta vez, talvez uma amiga me acompanhe”, revela.
Enquanto planeja novas viagens, Flora ainda está maravilhada pela experiência de ter conhecido Machu Picchu. Entre os aprendizados que teve durante a aventura, ela destaca uma lição que agora faz parte de seus dias. “Se tem vontade, vá. A vida é muito curta. A gente vive em um redemoinho tão grande, que inclui casa, comida, roupa pra passar, pra lavar e os outros compromissos do cotidiano. Mas se tem vontade, vá viajar, vá atrás dos seus sonhos. Viver é muito simples e pra ser feliz não precisa de muita coisa”, diz.
[Nota da Redação]
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Crédito de fotos: Flora Conti
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