Arara vítima de maus-tratos e urubu resgatado de queimada viram melhores amigos em SP
Olha só que amizade improvável! Uma arara resgatada após ser vítima de maus-tratos e um urubu salvo de uma queimada no interior paulista têm vivido como melhores amigos em um sítio de Monte Alto (SP).
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Desde que chegaram ao viveiro, no ano passado, as aves são cuidadas pelo ambientalista Samuel Maria, que sempre achou “inusitado” o fato de duas espécies tão diferentes conviverem em harmonia no dia a dia.
“Os dois começaram a conviver e hoje eles brincam, ficam juntos. Eu achei fantástico, porque são duas espécies totalmente diferentes, mas que estão vivendo tranquilamente”, afirmou Samuel.
A Arara foi batizada de Esperança e o urubu, de Zeca.
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De acordo com o ambientalista, os animais vivem soltos no sítio, sem a necessidade de prendê-los em gaiolas.
“Os dois se deram muito bem, eles até têm um pouco de ciúmes, quando eu pego um deles, o outro vem perto e vice-versa”, disse.
Zeca, o urubu
Resgatado em julho do ano passado quando ainda era um filhote, Zeca pertence à espécie urubu-de-cabeça-preta, do grupo de abutres do Novo Mundo.
Ele foi salvo de um incêndio de origem natural ocasionado pela seca prolongada na região de Monte Alto.
Samuel acredita que o urubu ficou longe da mãe e dos irmãos depois que a árvore em que eles estavam foi queimada, destruindo o ninho.
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Assim como Zeca, seu irmão foi resgatado, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
Com o devido tratamento e acompanhamento veterinário, a ave foi solta no sítio, sob a tutela do ambientalista. “Ele vive solto, mas não vai embora, ele nos assumiu como família”, disse Samuel.
Arara Esperança
Da espécie arara-canindé, também conhecida como arara-de-barriga-amarela, uma das espécies emblemáticas do cerrado brasileiro, a colorida Esperança chegou ao local há três meses.
Na época, uma empresa informou que o animal estava em um jardim próximo e não conseguia voar. “Era um filhote que provavelmente foi oriundo de tráfico de animais, porque ela estava com o pé todo machucado”, explicou Samuel.
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Depois de alguns meses de reabilitação, a ave foi solta na natureza, mas também resolveu ficar no espaço.
Para seu cuidador, quando os animais atingirem a maturidade sexual, provavelmente irão embora em busca de parceiros, mas até lá devem permanecer juntos, quase como se fossem irmãos.
Área de preservação ambiental
O sítio de Samuel fica próximo ao chamado “Corredor Ecológico de Monte Alto”, com mais de 20 km de extensão.
Devido à sua importância, ele é categorizado como uma área de preservação ambiental.
No corredor ecológico, os cuidadores fazem a soltura de animais resgatados na região.
“Já foram registrados filhotes de onça parda, jaguatirica, tamanduá, quati, várias espécies de cobras, de aves, capivara e javali. Então quando a gente faz um resgate, a gente solta nesse corredor ecológico”, explicou Samuel.
Fonte: Anda
Fotos: Arquivo Pessoal/Samuel Maria
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