Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos após serem declaradas extintas

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Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas

Olha só que notícia boa! No último sábado (11), 8 ararinhas-azuis, espécie até então considerada extinta na natureza desde o ano 2000, foram soltas em uma área de preservação no interior da Bahia.

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As aves, da espécie Cyanopsitta spixii, vinham sendo cuidadosamente acompanhadas por cientistas e pesquisadores em cativeiro, já que seu último exemplar desapareceu da vida selvagem no início do século.

Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

As ararinhas soltas – 5 fêmeas e 3 machos, – fazem parte de um grupo de 52 trazidas de um criadouro da Alemanha para o Brasil, em 2020, com o objetivo de reintroduzir a espécie na natureza.

De acordo com Antonio Eduardo Barbosa, coordenador do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-Azul, esse primeiro grupo de oito aves foi escolhido entre os mais aptos a sobreviver fora do viveiro.

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Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

“São animais sadios, que têm musculatura de voo, que interagem e que não apresentam comportamento agonístico, isto é, que não brigam com outro. São os animais mais aptos para a soltura”, explicou.

As ararinhas-azuis foram soltas junto de outras 8 araras-maracanã (Primolius maracana), espécie com quem dividia o habitat natural e que tem hábitos semelhantes aos seus.

Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

De 2020 pra cá, elas passaram por um processo de adaptação em um santuário instalado na cidade de Curaçá (BA), onde foram cada vez menos expostas ao contato com humanos,  e socializadas ao lado das araras-maracanã. Também tiveram treinamento de voo, o reconhecimento de predadores e a oferta de alimentos que serão encontrados na natureza.

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O novo habitat das ararinhas-azuis foi cuidadosamente preparado pelos cientistas e biólogos envolvidos em sua reinserção à natureza, incluindo duas áreas de preservação nos municípios de Curaçá e Juazeiro, criadas há 4 anos: a Área de Proteção Ambiental (APA) da Ararinha-Azul e o Refúgio da Vida Silvestre (Revis) da Ararinha-Azul, que, juntas, somam 120 mil hectares.

Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

“Será uma soltura branda, como chamamos. A gente abre o recinto, mas quer que as aves permaneçam ali. Será ofertada alimentação suplementar durante um ano, para que elas ainda visitem o recinto. Nessa fase experimental, queremos conhecer a dinâmica que as aves vão apresentar”, explicou Barbosa.

Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

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As aves soltas terão seus comportamentos observados pelos pesquisadores nos próximos meses: elas estão marcadas com anilhas e transmissores que permitem seu rastreamento. Com isso, se poderá saber sobre os locais que visitam e o que comem.

Ararinhas-azuis são soltas na natureza 20 anos depois de serem declaradas extintas
Foto: Camile Lugarini / Agência Brasil

Até o final deste ano, mais 12 ararinhas-azuis devem ser soltas, totalizando 20 aves em liberdade na caatinga.

Assista ao vídeo:

Quer ver mais uma história inspiradora? Dá o play!

Fonte: Veja / Correio 24h

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