Uma dupla de artesãs com deficiência visual está produzindo máscaras de proteção individual e distribuindo gratuitamente à famílias carentes de Itanhaém (SP).
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Apesar de todas as dificuldades, Regina Quirino, 63 anos, e Noêmia da Silva, 58, uniram seu amor pelo artesanato ao desejo de ajudar o próximo em meio à pandemia de Covid-19.
Juntas, elas já confeccionaram mais de 100 máscaras em cerca de um mês.
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A produção não é fácil: Regina enxerga parcialmente com o olho esquerdo e não tem mais a visão do olho direito. Já Noêmia tem apenas 27% da visão.
Elas recebem doações de tecido TNT e produzem as máscaras com o auxílio de uma máscara de costura. Em seguida, higienizam e embalam os produtos, que são doados para famílias necessitadas da cidade.
Regina e Noêmia fizeram amizade no início do ano, quando se conheceram na Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco) de Itanhaém durante as inscrições para a Casa do Artesão.
O projeto prevê exposições, ateliês, cursos e oficinas, além de promover o empreendedorismo e a comercialização de produtos.
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Superação
Quando tinha 23 anos, Noêmia sofreu um descolamento da retina, perdendo por completo a visão do olho direito. Sete anos depois, chegou a ter 27 graus de miopia no olho esquerdo, precisando ser operada em uma cirurgia de catarata. Hoje, ela tem apenas 27% da visão.
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A deficiência visual jamais impediu a artesã de continuar trabalhando e fazendo aquilo que ama. “Sempre estive envolvida com o artesanato de alguma maneira e, atualmente, trabalho com reciclagem. Tudo que iria para o lixo eu dou uma cara nova, meu ponto forte é o vidro. Como ficava muito dentro de casa, fiquei sabendo da Casa do Artesão em janeiro e me cederam um espaço para expôr minhas peças”, conta.
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No mês passado, a coordenadora da Casa do Artesão convidou Noêmia e Regina para participarem de um projeto de confecção de máscaras de proteção para a comunidade de Intanhaém. Elas não pensaram duas vezes.
“É muito gratificante [ajudar a população carente] porque, além de ajudar os outros, também me coloca em movimento. Eu moro sozinha e é muito difícil ficar o dia todo sentada em frente à televisão. Então, pra mim faz muito bem, é o que eu posso oferecer para as pessoas. A minha dificuldade em enxergar não me atrapalha, eu fui me adaptando”, explica Noêmia.
Mesmo com empresa parada, empresário se prontificou a fabricar máscaras para hospitais. Apoie clicando aqui.
Regina perdeu completamente a visão do olho direito em um acidente doméstico, quando tinha 27 anos. Hoje, usa uma prótese no local. O olho esquerdo tem 3 graus de astigmatismo, mas ela consegue enxergar parcialmente.
A artesã leva cerca de 40 minutos para produzir cada unidade. No processo, precisar cortar o TNT, amarrar as fitas na máscara e costurar na máquina.
“A gente tem que colaborar com a sociedade, é para isso que estamos aqui. Como sabemos fazer as máscaras, não podemos perder a oportunidade de colaborar e melhorar a vida de alguém, proteger as outras pessoas e nós mesmos. Quero colaborar com a felicidade de todos”, finaliza a artesã.
Até aqui, o projeto Casa do Artesão, da Prefeitura de Itanhaém, já doou cerca de 1.500 máscaras para famílias carentes do município.
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Fonte: G1
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