É tão difícil sair do estado flutuante, e ‘confortável’, que a vida nos impõe. Já pensou quão automático é sua rotina!? O cotidiano escancara quão inflexíveis somos, pressupondo que raramente queremos deixar o bem-estar de fazer todo dia tudo sempre igual para enfrentar a dificuldade, muitas vezes morosa, do que é novo. A felicidade, e o inverso dela, está diretamente ligada a escolha que cada um faz em seguir o fluxo confortável do rio ou nadar contra a penente maré. Certamente, o piloto automático pode estar ligado em diversas áreas das nossas vidas. Tudo bem, há quem prefira facilitar o percurso da existência e, tão somente, caminhar em linha reta. Mas, pessoalmente, reconheço o sabor surpreendente do andar contrafluxo.
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Li que o ser humano precisa escolher um caminho que deixe suas habilidades funcionarem eficientemente em direção à satisfação dos seus desejos/metas. Acredito nisso. E, embora reconheça os inúmeros conflitos da atitude de se expor ao que para a maioria parece ser inconveniente, mas que para você é apenas a vivência da sua verdade, trata-se de uma medida oportuna à reflexão do sentido da vida. Às vezes é imprescindível estar em ‘mode off’ para encontrar suas estratégias rumo ao prazer jubiloso de alcançar anseios.
Sei que recolocar-se perante a vida é uma ação dos corajosos, dos mais sensíveis e dos que veem nas brechas a chance de recomeçar ou de, apenas, ser o que se é. Uma hora ou outra acontece com a maioria de nós. Pessoas podem viver anos sem refletir sobre o que está sentindo, vivendo, sendo. Talvez pelo conforto de não ter que encontrar no avesso o seu verdadeiro verso. Digo, na desordem a realidade. Talvez pelo medo de perder a utilidade conveniente dos que te chamam de amigos sem ao menos saber do que se passa em seu coração. Ou, ainda, talvez pela comodidade de não deixar transparecer suas fragilidades escondidas no congruente personagem social que durante os anos se solidificou.
Chega um tempo em que você precisa reservar suas energias para o que realmente interessa e lhe faz bem. O acúmulo de tantas experiências não é a toa. Pelo contrário, é a força necessária para seu barco velejar firmemente na direção que você escolher. Repito, que você escolher. Não seu chefe, seu namorado, seu esposo, seu amigo, seu irmão, seu pai. Não se engane, no fim das contas, essa força é individual. A pior solidão é dos que têm alguém ao lado que já não soma, nem diminui. A indiferença do piloto automático é involução. Se eu tivesse a chance de refazer alguns caminhos que já percorri eu só não absorveria as escolhas que outras pessoas fizeram por mim, mesmo que acertadas não foram minhas. Não se trata de arrependimento, mas de aceitação. Se a sua visão não é a mesma de anos atrás, parabéns, isso é evolução.
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Todos os dias podemos apertar o botão ‘mode on ou off’ da vida. Tudo é escolha e ela é toda nossa.
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Texto de Tiago Sial.
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