Durante uma visita ao Magic Kingdom da Disney, o parque temático mais visitado do mundo em Bay Lake, na Flórida (EUA), Camila Montreal conheceu um carismático funcionário do resort que a fez ir às lágrimas.
“Esse foi o dia em que um funcionário da Disney me quebrou“, contou a jovem, que trabalha como mentora de empreendedoras e tem mais de 38 mil seguidores no Instagram.
“Nunca cheguei a contar a história desse dia, mas hoje é o dia perfeito”, afirmou, em referência à data da publicação do relato, 17 de maio, o Dia Internacional Contra a Homofobia.
Camila estava na fila pra comprar pipoca no Magic Kingdom, quando um “cast member” (funcionário da Disney) chamado Evan elogiou sua roupa. Em resposta, ela agradeceu e falou que gostava de roupas coloridas.
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Evan riu e disse que era uma “beauty queen” – fazendo referência a um estilo de drag queen.
“Eu que amo a arte drag, já perguntei mais sobre a ‘queen’ dele e também falei que ele levava jeito pra ser comedy queen, porque era muito engraçado”, contou Camila.
O papo logo evoluiu para o reality show RuPaul’s Drag Race, comandado por RuPaul, a drag queen mais icônica e famosa do mundo e sobre como a “queen” de Evan era caracterizada nesse contexto.
Foi aí que a brasileira se emocionou com a história do rapaz.
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“Enquanto conversávamos, no fim veio a bomba que me quebrou… Era março e já estava rolando a notícia que a ‘Disney’ teria financiado parlamentares que aprovaram um projeto de lei homofóbica. Toda a comunidade estava sendo atacada e a Disney estava sendo cobrada também. Na época eu nem imaginava, ainda não tinha ouvido falar sobre”, contou Camila.
Sentindo-se confortável para falar sobre, Evan explicou que estava passando por um momento muito sombrio, que a comunidade LGBTQIA+ na Flórida como um todo estava sofrendo e que era muito importante saber que existem pessoas como Camila, simpatizantes da causa.
“Nunca tinha visto um cast member se abrir assim, nem sei se eles podem fazer isso. Nessa hora eu já comecei a chorar, querendo abraçar o Evan, falei que eu era da causa e que estava com eles”.
Muito carismático, ele agradeceu à jovem e tentou fazer algumas piadas para fazê-la rir e parar de chorar.
Camila, que estava na fila da pipoca, acabou que saiu da fila de tanto chorar, e ficou sem pipoca kkk
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“Logo depois ele veio até mim falando ‘não é pipoca, porque eu não sou tão chique’ e me deu um sorvete do Mickey. Foi a forma de me agradecer por eu simplesmente ter conversado com ele e me interessado por quem ele é”, relembrou.
Nessa hora, ela nem se importou com o sorvete ou com o fabuloso lugar que estava visitando: ela só pensava em familiares, amigos e quantas outras pessoas da comunidade LGBT+ que sofrem preconceito diariamente e muitas vezes não têm ninguém do lado pra apoiar.
O importante é que, apesar de tudo, Evan não está sozinho, ninguém está. “Enquanto existir preconceito, existirão pessoas boas pra combatê-lo. Que muito em breve a gente nem precise mais desse dia, porque os preconceitos estarão extintos”, completou Camila.
Confira o vídeo:
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Fotos: Reprodução / Instagram: @camilamontreal