O momento do parto é certamente um dos mais emocionantes e simbólicos na vida de todos os envolvidos. Conseguir captar a emoção do nascimento com o uso de fotos é uma arte. Por isso, um prêmio internacional foi criado para reconhecer as melhores fotografias de parto. E uma brasileira do Amazonas ganhou em duas das principais categorias.
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Anne Lucy Silva Barbosa levou os prêmios de Melhor Foto Geral, pela escolha dos membros do concurso, e Melhor Foto de Parto, na escola dos jurados. A fotografia de Anne é realmente emocionante e ela a batizou como “O maior amor do mundo”. Veja que lindeza! É o congelamento de um instante mágico 😍
O registro foi feito em dezembro de 2019. A mãe, Lourdiane, abraça o filho Arthas com um misto de alegria, alívio, dor e amor, no mesmo instante em que o pequeno nasceu. A mãe tentou dar à luz de forma natural, mas precisou de cesárea e o trabalho de parto durou quase 9 horas.
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“A história da Lourdiane foi de muita força e superação. Ela escolheu a via de parto que queria trazer seu filho ao mundo e lutou muito para consegui-la. Quando ela pôde finalmente ter seu filho nos braços, a emoção transbordou. Foi impossível não se emocionar junto”, disse Anne.
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Ela dedicou a conquista às mais de 150 famílias que já acompanhou para registrar o parto de seus filhos. “Esse prêmio é um reconhecimento maravilhoso por todo o trabalho e dedicação da qual nós nos propomos a oferecer”, destacou.
Como surgiu a paixão pela fotografia de parto
Fotografar e eternizar momentos é quase como trazer uma vida ao mundo. Os apaixonados pela fotografia sabem que têm o poder de congelar o tempo. E o amor pela foto em Anne nasceu justamente com o momento em que ela gerou uma vida. Em 2016, quando engravidou do primeiro filho, Benjamin Gael, ela largou o emprego e ganhou uma câmera do marido. Eram os primeiros cliques da, hoje, fotógrafa internacionalmente premiada.
“O que começou por hobby ainda durante a gravidez, se tornou profissão depois que o Benjamin nasceu. Quando descobri que estava grávida, comecei a pesquisar sobre as vias de parto que pretendia ter. Então conheci as fotos e vídeos de partos humanizados e me apaixonei. Sempre que via aquelas imagens me emocionavam e me tocavam profundamente. Por isso, decidi que era com aquele tipo de fotografia que queria trabalhar”, conta.
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Desde então, já são mais de 150 famílias que tiveram os nascimentos de seus filhos resguardados pelas lentes de Anne. “Fotografar partos significa viver de plantão, já que só quem sabe o dia que vai nascer é o bebê. Perdemos noites de sono, feriados, eventos de família… tudo para estarmos presente e registrarmos o dia mais importante de outras famílias”, ressaltou a fotógrafa.
“Tudo isso só é possível graças a todas as famílias que acreditam e valorizam nossa profissão e entendem o tamanho do nosso amor e dedicação. Elas são as responsáveis por eu ter chegado até aqui e eu sou apaixonada pelo que faço. Poder assistir um nascimento e a transformação de uma mãe e uma família é algo único e que me dá muita esperança“, finalizou.
Concurso premiou outras fotos em várias categorias
O concurso Internacional de Imagens de Nascimento é organizado pela Associação Internacional de Fotógrafos Profissionais de Parto. São 1.100 membros de 52 países. O resultado do prêmio foi divulgado esta semana e tem cinco categorias: trabalho de parto, parto, pós-parto, detalhes do nascimento e fresh 48, que consiste em registrar as primeiras 48 horas de vida do recém-nascido.
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Veja aqui algumas das fotos maravilhosas e um pouco de suas histórias:
É possível ver todas as fotos do concurso clicando aqui.
Pandemia afetou completamente o trabalho dos fotógrafos de parto
Este ano, a premiação teve um significado ainda mais especial, já que por conta da pandemia do novo coronavírus os fotógrafos ficaram impossibilitados de trabalhar acompanhando os partos. “Apesar das dificuldades que enfrentamos como comunidade, esta competição representa a resiliência que os fotógrafos de parto mostraram para superar desafios imprevistos”, afirmou a Associação.
Anne é amazonense, um dos estados que mais sofreram com a pandemia, o primeiro a registrar uma onda de casos no Brasil e a sofrer com a segunda onda, inclusive com falta de oxigênio para pacientes. Por tudo isso, suas lentes ficaram paradas durante este período.
“Nenhuma maternidade permitiu mais a nossa entrada para nossa segurança e segurança de famílias. Até então, estou sem retorno para voltar a fotografar. E eu sinto muito falta, mudou completamente a minha rotina“, conta Anne.
Mas a gente tem certeza que, em breve, todos vocês poderão voltar a registrar esses momentos lindos, Anne! Será como memorizar o renascimento da Humanidade 🙏
Acesse a vaquinha da VOAA para ajudar a família dos trigêmeos que perderam a mãe, garantindo seu sustento, além de roupas e fraldas.
Fonte: A Crítica
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