A gaúcha Juliana Davoglio, 18 anos, faturou o primeiro lugar na maior feira de ciências e engenharia para jovens cientistas pré-universitários do mundo.
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Ela desenvolveu um projeto no nicho das Ciências Materiais. A invenção da estudante envolve o aproveitamento de resíduos que sobram do processo da macadâmia. Juliana utiliza a semente comestível que seria descartada para produzir um material orgânico, que posteriormente pode ser transformado em embalagens e até curativos, substituindo assim o uso de sintéticos.
Nascida em Osório (RS), cidade de 44 mil habitantes no litoral do estado, a pesquisadora iniciou seu estudo quando ingressou no curso de Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.
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Com o auxílio da orientadora Flávia Twardowsky, a dupla realizou testes de verificação da sustentabilidade do produto, além de analisarem aspectos econômicos e sociais da casca da noz e o possível impacto do seu uso industrial para o meio ambiente. Constatou-se que 75% do processamento da macadâmia é resultado de sobras jogadas no lixo.
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“Parece mentira. Às vezes eu me belisco para ver se é verdade. É muito difícil representar o Brasil nesta feira. É mais difícil ainda vencer. São projetos legais do mundo inteiro e eu venci em primeiro na minha categoria. Olha, ainda estou sem palavras. É muito indescritível”, disse a jovem ao portal UOL.
Juliana atribui sua vitória na Intel Isef (International Science and Engineering Fair) ao apoio recebido de diversas instituições de ensino brasileiras, como o Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que cedeu o laboratório para estudos.
A jovem concorreu na feira internacional ocorrida em Phoenix, nos EUA, com outros 1.800 participantes, todos com idade entre 15 e 19 anos. Com o primeiro lugar, Juliana faturou um prêmio de 3 mil dólares (R$ 12,5 mil) e poderá nomear um asteroide. Ela só não sabe ainda qual de seus dois sobrenomes será utilizado ainda.
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“Fazer pesquisa, viajar, ser reconhecida. Tudo isso foi um mundo de descobertas. Quero estudar forma, mas vou voltar para o Brasil. Sinto que aqui é o meu lugar. Quero continuar sendo pesquisadora e trabalhar com divulgação científica. Eu sei o quanto a educação e a ciência transformaram a minha vida. Quero que outros jovens tenham a oportunidade de conhecer isso.”
Dentre os quase dois mil participantes da edição deste ano do Intel Isef, 28 eram brasileiros. Além de Juliana, outros sete prêmios foram conquistados pelo Brasil, o país mais bem-sucedido da América Latina e décimo colocado na classificação final.
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A gaúcha conta que já tem com quem conversar sobre o prêmio e saber como é ter o privilégio de ter um asteroide batizado com seu nome. A política e ativista estadunidense Alexandria Ocasio-Cortez, 29 anos, também faturou o troféu e tem um asteroide para chamar de seu.
Ocasio é detentora do recorde de mulher mais jovem a ocupar um assento na Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, tendo assumido o posto aos 28 anos. Ela batizou o asteroide de 23238 Ocasio-Cortez.
“É verdade! Ciência foi minha primeira paixão”, escreveu ela em seu perfil oficial no Twitter em 12 de junho de 2018. A ativista também disse que a Intel Isef foi entregue em “reconhecimento aos experimentos realizados no Sinai Health System”, em Nova York.
“Minha pesquisa ficou em segundo lugar mundial em Microbiologia no ISEF ?#nerdalert.”
It’s true!
Science was my first passion. Asteroid named by @MIT’s Lincoln Laboratory in honor of longevity experiments I conducted out of Mt. Sinai.
My research won 2nd place globally in Microbiology at @intel ISEF. At BU I started as science major, changed to Econ ?#nerdalert https://t.co/MICD5me2Wm
— Alexandria Ocasio-Cortez (@AOC) 12 de junho de 2018
O corpo celeste foi descoberto em 20 de novembro de 2000 pelo Observatório Lincoln.
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Fonte: Hypeness/Fotos: Reprodução/Facebook
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