“Caçadores de pedófilos” anônimos já prenderam 73 criminosos no Reino Unido

Dois anos atrás, uma dupla que se autointitula Dark Justice começou a utilizar a internet para “caçar” pedófilos no Reino Unido e na Irlanda.

Os dois homens que desmascaram os pedófilos não revelam seus nomes verdadeiros por motivo de segurança. Eles preferem usar os codinomes de “Scott” e “callum”.

A página Quebrando o Tabu revelou como a dupla trabalha. Eles se comportam como “iscas” nas redes sociais, fingindo ter entre 13 e 14 anos, enquanto conversam com pedófilos em potencial.

O encontro é marcado, mas quem aparece é a dupla, com uma câmera na mão para filmar o suspeito. Os vídeos dos flagrantes são publicados em um canal no YouTube.

Até o momento, segundo o site do Dark Justice, cerca de 73 pessoas foram detidas a partir do seu trabalho. Destas, 67 foram ao encontro. As outras seis não apareceram, mas mesmo assim foram denunciadas, pois agendar o encontro já configura um crime. Porém, há quem não vê com bons olhos o trabalho da dupla. Inclusive, a própria polícia não recomenda esse tipo de ação.

“Scott” e “Callum” são acusados de utilizarem técnicas de armadilha que podem criar provas antes do crime acontecer. No entanto, a dupla diz que espera as propostas de sexo virem dos suspeitos. Além disso, o grupo afirma que jamais utiliza da violência, agindo sempre dentro da lei.

Recentemente, porém, três pessoas que diziam ser membros do Dark Justice foram presas depois de espancarem um homem inocente. As pessoas não tinham qualquer ligação com o grupo, mas esse é um dos grandes problemas apontados pelos críticos dos “vigilantes”. “Scott” e “Callum” lamentaram e esclareceram o ocorrido, mas defendem que seus números falam por si, e justificam suas ações. A publicação dos vídeos revelando o nome e o rosto do suspeito também é criticada.

Atualmente, a dupla se dedica exclusivamente ao Dark Justice. Ao mesmo tempo que proteger as crianças da ação de pedófilos é algo louvável, a destruição da reputação de pessoas inocentes só mostra que fazer justiça com as próprias mãos pode abrir precedente para outros tipos de violência.

Confira um vídeo legendado pelo Quebrando o tabu:

Com informações do Hypeness / Fotos: Reprodução

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