Cachorros “apreensivos” esperam morador de rua ser atendido na porta do hospital

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Cachorros esperam morador de rua ser atendido do lado de fora do hospital

A morte de “Manchinha”, cachorro que foi brutalmente espancado e assassinado em um estabelecimento do Carrefour provocou uma onda de indignação e estarrecimento na sociedade brasileira. No entanto, o caso apenas expôs uma realidade sombria, na qual centenas de animais, sejam de estimação ou silvestres, são agredidos, torturados, mortos ou negligenciados país afora todos os dias.

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Após o caso ocorrido no Carrefour em 28 de novembro, o Congresso Nacional decidiu se manifestar, colocando em pauta dois projetos de lei que expandem e endurecem as penas para indivíduos que abusam ou maltratam os animais. O PL 470/2018 prevê o aumento da pena relativa a maus tratos e estabelece o pagamento de uma multa para estabelecimentos comerciais que forem coniventes com a prática. Além disso, aumenta o tempo de detenção, de no máximo 1 ano, como é atualmente, para 1 a 5 anos.

Segundo o projeto de lei, estabelecimentos comerciais e demais pessoas jurídicas que “se omitirem ou negligenciarem” quanto à prática de maus tratos ou agressão para com o animal, seja ele de estimação ou silvestre, deverão pagar uma multa entre 1 e 1000 salários mínimos (R$ 1000 a R$ 1 milhão), a depender da decisão judicial. O valor arrecadado será doado a organizações e entidades de amparo aos animais.

“Não é possível, diante da realidade social ocupada pelos animais na sociedade moderna, enquadrá-los como meros objetos: apenas para se ter ideia, o crime de dano, de ‘destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia’, previsto no Artigo 163 do Código Penal, possui penalidade seis vezes maior que o crime de mutilar um animal. Não é razoável tratar o dano a um objeto inanimado e a um ser vivo que sente dor com tamanha desproporção”, escreveram os relatores do PL, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eunício Oliveira (MDB-CE).

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Em contraste com o triste acontecimento envolvendo “Manchinha”, no mesmo dia em que uma ONG organizava um protesto contra a rede Carrefour e em favor dos direitos dos animais, uma boa história se desenrolava em Rio do Sul, município de Santa Catarina.

Ana Cristina Mamprim, funcionária do Hospital Regional Alto Vale estava trabalhando durante a madrugada quando se deparou com a seguinte cena: um morador de rua entrou na instituição para ser atendido, enquanto seus quatro cachorros esperavam na porta do lado de fora, apreensivos.

Cachorros esperam morador de rua ser atendido do lado de fora do hospital
Cachorros esperam dono sair de Hospital Regional Alto Vale, em Santa Catarina. Foto: Reprodução.

“Uma pessoa simples, sem luxo, que depende da ajuda para vencer a fome, o frio, as dores, as maldades do mundo, tem ao seu lado os melhores companheiros, seus cachorros, e a troca é recíproca. Troca de amor, carinho, calor, compreensão,” diz Ana Cristina.

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Ela conta que o morador de rua confessou que deixa de comer para alimentar seus cachorros. “Não sei como é a vida dele, o porque está na rua, e nem quero saber e julgá-lo, mas admiro o respeito e amor que ele tem pelos seus bichinhos,” afirmou ela, contrastando essa história de amor incondicional, mesmo em meio às adversidades, ao chocante caso envolvendo Manchinha. “Pena que ainda existem [tanta] gente muito má, como o funcionário do Carrefour, o cara que matou [um cachorro] com uma flechada em Ituporanga, entre outros casos que não chegam na mídia.”

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“Ver eles assim, esperando na porta, só mostra o quanto eles são bem cuidados e amados. Ai se todos fossem assim…. Se não tivesse maldade, maus tratos…”, desabafou.

Publicado no domingo, 9, o post viralizou no Facebook, contabilizando até o fechamento desta reportagem 94 mil reações, 16 mil comentários e 56 mil compartilhamentos!

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“Fico feliz pela repercussão que teve a foto dos amigos fiéis esperando seu dono no hospital. Não esperava tanto, até porque pra mim, isso é o normal, cumplicidade e respeito entre humanos e animais,” finalizou Ana Cristina.

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