O plástico de uso único (conhecido como descartável) é umas das fontes mais destrutivas de poluição a nível mundial. Com o acréscimo de aditivos e resinas artificiais, uma simples garrafa plástica pode levar 500 anos ou mais para se decompor no meio ambiente.
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Neste exato momento, uma área coberta por plástico e lama equivalente ao tamanho de Minas Gerais está flutuando no Oceano Pacífico, sufocando e assassinando a vida marinha.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2050 haverá mais plástico, em peso, do que peixes no oceano.
Não é exagero dizer que o nosso planeta está sendo sufocado pela indústria do plástico. Felizmente, um número crescente de pessoas têm procurado por alternativas que não poluam ainda mais a Terra. E uma solução pouco conhecida tem ganhado cada vez mais espaço nessa empreitada: o bioplástico feito de cânhamo.
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O que é o cânhamo?
O cânhamo é uma planta de canabis cultivada por suas sementes, fibras e caule. As sementes são usadas na produção de alimentos, suplementos nutricionais, medicamentos e cosméticos. O caule e suas fibras são usadas na produção de papel, tecidos, cordas, compostos plásticos e materiais de construção. (via)
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O plástico de cânhamo é 100% biodegradável
Uma das grandes vantagens do bioplástico de cânhamo (planta da mesma espécie da maconha, a Cannabis sativa, mas geneticamente distinta e usada para fins diferentes, leia mais aqui) é sua condição de ser totalmente biodegradável no meio ambiente. Enquanto uma sacola plástica convencional levará séculos para se degradar na natureza, o bioplástico leva de três a seis meses.
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Naturalmente, isso significa que o bioplástico de cânhamo não é ideal para vasilhas e outros utensílios de longo prazo, mas é perfeito para uso único, como copos e canudos. Um substituto ideal.
Produzir plástico de cânhamo é mais benéfico para o meio ambiente
Outro benefício do uso do bioplástico de cânhamo sobre o plástico comum é que seu processo de fabricação não causa danos ao meio ambiente.
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De acordo com a Forbes, a maioria dos produtos plásticos produzidos atualmente é feita com combustíveis fósseis extraídos por meio de fraturamento hidráulico (ou “fracking”), método que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo.
Embora as empresas de energia classifiquem o fracking como um método “limpo”, a verdade é que ele pode poluir o ar, o solo e os lençóis freáticos com uma série de toxinas prejudiciais.
Como o bioplástico de cânhamo não é feito de combustíveis fósseis, ele não possui essa bagagem negativa que acompanha o plástico tradicional.
O cânhamo é uma ótima matéria-prima para a produção de bioplástico
Além de ser uma alternativa promissora, o cânhamo em si é uma excelente fonte de bioplástico. Um dos componentes essenciais desse material é a celulose.
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Ao procurarmos uma fonte de bioplástico, geralmente nos concentramos em plantas que possuam altas concentrações de celulose. Além do cânhamo, duas das principais fontes de celulose existentes são o algodão e a madeira.
Em média, a madeira contém aproximadamente 40% de celulose e o algodão chega a 90%.
O cânhamo contém cerca de 65-75% de celulose. Embora ele venha em concentração inferior, leva-se em conta que o algodão requer 50% mais água para o cultivo e quatro vezes mais água para a etapa de processamento.
Assim, apesar do algodão concentrar mais celulose do que o cânhamo, gasta-se muito mais água para produzi-lo, causando um impacto ambiental mais considerável.
Combater a poluição e as mudanças climáticas não é e nunca foi uma tarefa fácil. Nas últimas décadas, os seres humanos estabeleceram-se com diversas tecnologias que fazem uso do plástico, invenções surpreendentes e muito dinâmicas, mas que são prejudiciais à natureza. Com a chegada das soluções bioplásticas, não precisaremos abrir mão delas. Mas precisamos migrar desde já.
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Fonte: Green Entrepreneur
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