O isolamento dessa família é tão grande que parece que elas vivem no século passado. Na cidade de Raposos (MG), na Serra da Gandarela, dona Edite, de 65 anos, vive com sua filha Naira, de 40, em condições precárias. Mas um grupo de amigos está mudando essa realidade.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Dona Edite não conhece dinheiro, não consegue se comunicar muito bem e mora na casinha de pau a pique, ou de taipa, como alguns conhecem. A casa tem mais de cem anos. Foi lá que ela nasceu, que viveu com sua família, suas irmãs, e hoje atravessa os dias sozinha com a filha.
Nesse isolamento total da cidade, algumas pessoas que fazem trilha de moto pelo local acabaram encontrando a casa e decidiram passar a ajudar. Primeiros eles começaram levando alimentos e estabelecendo contato.
Leia Mais
“Elas são muito simples, conversam pouco, não sabem nem o valor das notas de dinheiro. Um pacote de bolacha que tinha lá elas queriam dividir com a gente, fizeram café e fizeram questão da gente tomar”, disse Henrique, uma das pessoas que está ajudando a família.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Henrique perguntou se no local havia banheiro e dona Edite disse que não. Foi então que eles decidiram ajudar fazendo uma campanha para reformar a casinha. “Nós abracemos elas e falamos que a partir daquele momento elas eram nossas amigas“, disse.
Eles mobilizaram toda a cidade, arrecadaram dinheiro, lançaram uma vaquinha online para quem quiser ajudar e já vão iniciar a reforma.
“No final, vamos colocar um painel com a foto de todas as pessoas que ajudaram na parede lá da casa”, disse Henrique.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Vaquinha para reformar casa de mulher que cavou poço sozinha para dar qualidade de vida à família
História da família já virou filme
Não é de hoje que essa realidade é conhecida em Minas Gerais. Em 2009, o filme “As Iracemas” mostrou a história da casa das doninhas, como ficou conhecida na região.
Dona Edite tinha não só uma, mas três filhas naquela época. Duas delas com deficiência neurológica, mas sem diagnóstico. De lá para cá, as duas morreram e apenas Naira permaneceu viva.
Assista ao trailer do filme:
“Nós estamos com um sentimento de gratidão porque não tem ninguém por elas, vivem abandonadas e nós estamos fazendo isso porque elas fazem parte da história de Minas Gerais”, finalizou Henrique.
E nós vamos estar aqui para mostrar quando a obra terminar. Esse é só o início de um sonho!
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.