“O amor também é um ato de coragem”, disse Jhonatan Wiliantan da Silva, 28 anos, sobre a adoção de 5 irmãos que foram deixados pela mãe biológica em um abrigo.
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O rapaz é casado com o enfermeiro Daniel Rocha Braz, também de 28 anos. No início do relacionamento, eles não manifestavam vontade de ter filhos, mas tudo mudou quando conheceram João Miguel, de 1 ano e 6 meses, Iara, de 3 anos, Harry, de 4 anos, Wendel, de 6 anos e Douglas, de 11 anos.
Com a adoção conjunta das crianças – para que não se separassem, – hoje, o casal têm uma família numerosa, orgulhosa e repleta de amor!
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Caminho para a paternidade
De início, meses antes de conhecer os futuros filhos adotivos, Jhonatan e Daniel consideraram a barriga de aluguel para realizar o desejo da paternidade.
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Inclusive, uma tia de Jhonatan topou ser voluntária, mas a ideia esfriou no meio do caminho. Nesse meio-tempo, ele conheceu os pequenos Douglas, Wendel, Harry e Iara, que viviam em um abrigo da cidade.
Foi aí que o rapaz percebeu que havia muitos caminhos para o sonho da paternidade. “Eu vi que tinham muitas crianças que podiam precisar de mim”, explicou. “Eu sempre gostei de cuidar”.
Apaixonado pelas crianças, Jhonatan decidiu apadrinhá-los, visitando-os frequentemente.
“Eu tinha um carro. Então eu pegava [as crianças] e levava para tomar sorvete, fazer as unhas, essas coisas”, lembrou.
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Devido à pandemia de Covid, que ganhou força em 2020, as visitas aos irmãos foram cortadas por causa das políticas de isolamento e distanciamento social.
Adoção
Ficar distante dele não era uma opção para Jhonatan, que passou a enviar vídeos e manter proximidade com os pequenos. “Lá [no abrigo] falta o amor, o calor, o carinho que a gente tem na nossa casa”.
Pouco depois, em meio ao desenrolar da pandemia, o rapaz decidiu entrar no processo de adoção das crianças, já ciente dos inúmeros obstáculos que teria ao longo do caminho, como o preconceito por ser gay – algo que parte da família das crianças sempre destacava em tom negativo.
“As pessoas que me taxavam geralmente eram as mesmas que não queriam cuidar das crianças quando a mãe perdeu a guarda”, lembrou.
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Quinto filho adotivo
Jhonatan e Daniel também precisavam enfrentar certas dificuldades financeiras e a insegurança de cuidar de tantas crianças pequenas. “Mas eu queria tanto, que não tinha medo de nada”.
No meio do processo de adoção perante a Justiça, Jhonatan soube que a mãe das crianças estava novamente grávida e que o bebê também iria para o abrigo.
Entre idas e vindas da família, inclusive uma tia paterna dos meninos, que afirmou que cuidaria do mais novo mas pouco depois o entregou para a casa de acolhimento, o casal pediu ao poder público para adotar as 5 crianças.
Felizmente, em dezembro do ano passado, eles conseguiram a guarda de todas, inclusive o bebê recém-nascido. O Natal foi o mais emocionante da vida de Daniel e Jhonatan!
“Eu levei ele na noite de Natal. Deixei ele perto da árvore, chamei as crianças e perguntei: o que vocês gostariam de ganhar de presente?”.
As crianças mencionaram vários brinquedos. Então veio o anúncio: “O Papai Noel mandou outro presente e disse que era para cuidar com muito amor”… Foi quando ele mostrou o bebezinho e todas se emocionaram. “Foi uma noite muito especial e inesquecível”.
Dia a dia após a adoção
A rede de apoio formada ao redor do casal é fundamental para garantir todo o cuidado necessário às crianças.
Hoje, Daniel trabalha como enfermeiro e Jhonatan atua em uma empresa multinacional. Ainda assim, a renda é bastante apertada e eles necessitam de doações.
“Eu recebo ajuda de leite, brinquedos e muito mais. As pessoas apadrinharam meus filhos”, disse, emocionado. “Sem eu saber, as pessoas fizeram uma vaquinha para fraldas quando o João veio para cá”.
De toda forma, Jhonatan frisa que não depende das doações para cuidar bem dos 5.
Para o pai adotivo, receber pequenos insumos do dia a dia, como leite ou fraldas, é muito melhor do que receber dinheiro. “Eu tenho medo das pessoas acharam que estou usando meus filhos”, explicou.
Refletindo sobre o longo prazo, Daniel e Jhonatan só conseguem pensar em dar o melhor para suas crianças. Com a experiência adquirida agora que são pais, eles disseram que o medo e a insegurança diminuíram, mas lembram que passaram por momentos bem complicados…
“Foi difícil? Sim. Pensei em desistir? Nunca”, reforça. “Eu não nasci pai. Eu aprendi a ser um”.
“Eu sinto que eles sempre foram meus filhos. Eu só precisei que outra mãe os gerassem”, completou Jhonatan. ❤️
Você pode contribuir para a vaquinha recém-aberta da família clicando aqui!
Fonte: Pais & Filhos
Fotos: Reprodução / Instagram: @jhonatanwiliatan
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