Se você não puder comprar o seu bolo, pegue um aqui. A frase está escrita em um pedaço de papel fixado em uma mesa cheia de bolos. Quem assina é um casal que resolveu empreender e praticar a solidariedade ao mesmo tempo.
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Thaís Letícia Galdino, de 24 anos, e Wesley de Lima Souza, de 39, tem uma loja de bolos em Ceilândia, Distrito Federal. Em vez de jogar fora aqueles que sobram ao fim do dia, eles doam para pessoas que não podem comprar.
“A durabilidade é de cinco a seis dias, se ficar bem armazenado. Mas, como gostamos de entregar o bolo fresquinho a quem compra, fazemos nova remessa todo dia. Então, para não jogar fora os que não foram vendidos, a gente faz a doação”, relata Thaís.
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O negócio começou em 2019 para reforçar o orçamento da família, após o casal adotar três crianças em situação de vulnerabilidade. Tudo o que tinham era uma barraquinha, montada às margens da BR-70, também em Ceilândia.
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O saldo da venda da primeira leva de bolos, após virar a madrugada preparando os produtos, foi negativo. Porém, o hábito de doar começou ali.
“Dos 14 bolos que eu fiz, nós vendemos apenas um, para um parente que quis ajudar, queria incentivar a gente a não desistir. Nós doamos o restante para moradores de rua”, diz Thaís.
Depois de meses de trabalho, Thaís e Wesley pegaram suas economias e abriram uma loja em Águas Lindas (GO), no entorno da capital federal. Mudaram de endereço, mas continuaram doando produtos que não foram vendidos – virou um hábito!
Negócio de bolos prosperou na pandemia
Ao contrário de muitos empreendedores prejudicados pela pandemia do novo coronavírus, o casal conseguiu ampliar o negócio: implementaram o sistema de delivery e abriram uma segunda loja, em Ceilândia, neste ano.
Thaís e Wesley reagiram com surpresa à repercussão de uma foto do bilhete na nova loja, postando-a em um grupo de moradores do setor O nas redes sociais. Dali, a foto viralizou, rendendo elogios à iniciativa do casal.
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Filhos adotivos
Os filhos do casal têm 2, 15 e 14 anos. Todos são sobrinhos de Wesley, acolhidos por ele e Thaís depois que o Conselho Tutelar identificou que a mãe não tinha condições de mantê-los. Antes de assumirem a guarda, os dois já tinham outros dois filhos, de 5 e 7 anos.
O que me permite dizer que a doação de bolos feitos é praticamente a extensão de um acolhimento praticado por Thaís e Wesley dentro da própria família. Como o bem sempre volta, os negócios cresceram e, hoje, Thaís e Wesley conseguem manter a família e, ainda, colocar comida na mesa de várias famílias.
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“Teve um dia que sobrou bastante, aí eu resolvi abrir a mesa na frente da loja, coloquei todos os bolos na sacolinha e fiz uma escrita manual para o pessoal tirar os bolos. Não deu nem 20 minutos e atingimos muita gente”, conta
Bom exemplo é o que não falta!
Já passaram aqui pelo Razões outros estabelecimentos com iniciativas parecidas, como a padaria que deixa um cesto do lado de fora com pães para quem precisa e o exemplo da empresária que sempre tem um pedaço de bolo para moradores de rua que passam por sua loja.
O Paulo foi além! Após ver uma família procurando comida no lixo, abriu um restaurante que serve refeição a pessoas que vivem situação de rua. Agora, ele conta com a nossa ajuda para manter o projeto, que corre o risco de acabar, funcionando. Clique aqui e faça sua doação!
Fontes: G1 e Metrópoles
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