Todo casal gay sabe que corre o risco de ser alvo de gozações quando anda de mãos dadas nas ruas – infelizmente. Por isso, muitos casais preferem andar separados, para não correrem o risco da gozação virar agressão física.
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Era o que esperava passar o jovem casal gay Theodore Vidal, 17 anos, e Colin Beyers, 19 anos, na volta de um baile de formatura, em Seaside Heighs, no estado americano de Nova Jersey. O produtor da rede ABC, Michael Del Moro, viu de perto a tensão dos estudantes.
Del Moro estava em um bar com a família e seu noivo, quando um grupo chamado “Jersey Shore Bros” gritava “BEIJA ELA” para os casais que passavam debaixo do terraço onde eles estavam. Del Moro temia que algo grave pudesse acontecer a Vidal e Beyers.
A short thread from here in Seaside Heights, NJ, where—not so long ago—young men would shout the word “f****t” out their car window as we’d stroll along the boardwalk.
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— Michael Del Moro (@MikeDelMoro) 12 de maio de 2018
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“É o sul de Jersey. Os caras nos criticam por sermos gays demais”, disse Vidal, que está no terceiro ano na Lacey High School, ao BuzzFeed. “É uma área onde normalmente te incomodariam e discriminariam.”
No entanto, os rapazes que estavam no terraço do bar trocaram o “Beija Ela” por “Beija Ele”. “Depois de estranharem o fato, os adolescentes se beijaram… e deixa eu dizer mais: tanto o pessoal do terraço como todos os demais no calçadão ficaram absolutamente loucos por eles e todos respiramos aliviados”, tuitou Del Moro.
Last night, while out for Mother’s Day with our families (read: getting some late-night ice cream because treat yourself!) we noticed a group of rowdy bros gathered on a rooftop bar obnoxiously yelling “KISS HER!” in unison at every apparent couple that passed by.
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— Michael Del Moro (@MikeDelMoro) 12 de maio de 2018
“São vitórias pequenas como essa que faz com que os tempos difíceis valham a pena”, lembra Beyers. “Foi incrível ver esses caras nos apoiando”, completou Vidal.
Os adolescentes não faziam ideia de que o produtor da ABC tinha presenciado a cena e compartilhado no Twitter, viralizando em pouco tempo.
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Vidal e Beyers voltaram para casa mais aliviados naquela noite. Vidal revelou sua orientação sexual para os amigos e a família quando estava no 8º ano. Vários colegas de classe o intimidavam ou o ignoravam, dizendo que “acabariam com a sua vida” e que “ele não pertencia a este lugar”.
“Foi pior do que eu pensei que seria. Ninguém falava comigo. Fiquei sozinho durante todo o primeiro ano”, disse o adolescente. “Minha mãe estava lá para me apoiar, mas a maioria das pessoas me evitava. As pessoas me seguiam até minha casa e diziam que eu não deveria ser quem eu sou. Andava tão deprimido.”
Vidal conta que encontrou consolo na sua paixão pela música, e foi assim que ele conheceu Colin, que morava algumas horas de distância dele. Ambos tocaram na Eastern Wind Symphony e depois de trocar olhares durante algum tempo, quase seis meses depois, os dois se tornaram amigos no Instagram.
“Finalmente eu tomei coragem e lhe enviei uma DM e começamos a conversar desde então. Pensei que não ia dar certo devido à distância e estávamos muito ocupados, mas aqui estamos”, riu Beyers.
“Minha vida mudou graças a ele”, disse Vidal. “Ele afasta os pensamentos ruins para longe. Ele está sempre lá faz tudo melhorar. Ele me ajuda a viver a vida ao máximo e é isso o que estou fazendo agora.”
Vidal e Beyers se esforçam bastante para acreditarem que são especiais, mesmo quando outras pessoas dizem o contrário. “Vai melhorar, é isso o que digo a mim mesmo quando é difícil”, afirma Colin. “Quando sinto que estão me discriminando, eu digo que as coisas vão melhorar e assim é.”
Agora que o baile de formatura terminou, o casal disse que está entusiasmado para sua viagem para a Grécia, antes de Beyers ir para a universidade, enquanto Vidal termina seu último ano na escola.
E, ainda que Vidal e Beyers nunca tenham conversado com os caras do “Jersey Shore Bros”, eles jamais esquecerão com o grupo fez eles se sentirem naquela noite.
“Muitas pessoas aqui acham que os gays não são fortes ou que somos mais afeminados, porque mostramos emoção, mas aprendemos que é melhorar mostrar o que estamos sentindo e sermos quem somos”, finaliza Beyers.
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