Sem poder levar alunos para cerimônia, professora casa na sala de aula
Ao contar para seus alunos que casaria no mês de dezembro, a professora Elizabete Aparecida Rodrigues Coutinho, 44, soube na hora que seria bastante difícil organizar uma festa para tanta gente, já que todas as crianças demonstraram interesse em participar da cerimônia.
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Para contornar a situação, ela teve uma ideia interessante: levar o casamento até elas, literalmente dentro da escola onde leciona, em Jateí, a aproximadamente 270 quilômetros de Campo Grande.
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Elizabete esperou a tarde toda para a Carreta da Justiça chegar à cidade. Estacionada na porta da escola, ela falou com o juiz Luiz Felipe Medeiros à respeito da sua situação e da ideia que teve para contornar as dificuldades de organizar uma cerimônia para tantos ‘pequenos’ convidados.
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O juiz aceitou quebrar o protocolo e foi até à Escola Estadual Professora Bernadete Santos Leite para realizar a cerimônia, dentro da sala de aula onde Elizabete dá aulas.
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O casamento civil acabou se tornando uma homenagem indireta à professora, que por três décadas, serviu à instituição como faxineira, até conseguir seu diploma no Ensino Superior. Aliás, dois diplomas.
Uniformizados e com um punhado de arroz nas mãos para jogar na professora após a consagração do cansamento, os alunos ficaram muito felizes. “Foi uma experiência única”, diz Elizabete. “As crianças ficaram naquela euforia e alegria total. As professoras compraram bolo e a diretora Paula prontamente autorizou a cerimônia. Foi mais especial do que eu imaginava”.
Juntos há três anos numa união estável, Elizabete e o tratorista Israel Gomes decidiram converter o relacionamento em casamento apenas alguns meses antes. “Eu já estava me preparando para uma festa simples, até com dupla sertaneja no dia 22 de dezembro, quando escutei dos meus alunos que eles queriam participar da festa”.
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A professora não pensou duas vezes em trocar uma festa extravagante para poder ficar com seus alunos, seus verdadeiros convidados especiais na cerimônia. “Hoje eu não trocaria eles por nada, festa nenhuma substituiria meus alunos”, declara.
A comemoração se deu com muito refrigerante, bolo e chuva de arroz feita pelas crianças, que ficaram entusiasmadas com o momento.
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Elizebete superou todas as dificuldades para se formar em uma universidade pública e poder lecionar como professora, seu grande sonho de realização, cargo que ela ocupa há seis anos.
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Ela trabalhava como faxineira quando descobriu que havia passado no vestibular da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso Sul), há dez anos. Hoje, se orgulha de poder mudar a vida de crianças e adultos através do conhecimento e da educação. Formada em Pedagogia e Geografia, ela se desloca todos os dias da cidadezinha de Glória de Dourados para Jateí ensinar os alunos.
Realizada e completa com a cerimônia, a professora Elizabete agora só tem dois desejos: “Continuar educando e terminar minha casa nova. Depois disso não preciso de mais nada”, completa.
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Fonte: Campo Grande News
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