Duas mulheres ganham o Nobel de Química por inovadora técnica de edição de DNA

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Cientistas vencem juntas o Prêmio Nobel

E essa foi a semana das mulheres mesmo! A boa notícia é que, duas cientistas ganham o Prêmio Nobel de Química de 2020! Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, compartilham a conquista e nos encheram de orgulho!

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Duas mulheres ganham prêmio nobel

Após a publicação da notícia, pela Academia Real de Ciências da Suécia, Emmanuelle falou com a imprensa e incentivou outras jovens cientistas a não desistirem dos seus sonhos.

“Eu gostaria de passar uma mensagem positiva a meninas que gostariam de seguir o caminho da ciência. Acho que nós mostramos a elas que uma mulher pode ter impacto na ciência que elas estão fazendo. Espero que Jennifer Doudna e eu possamos passar uma mensagem forte às meninas”, declarou.

 

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A técnica

Emmanuelle e Jennifer desenvolveram a pesquisa Crispr, um método edição de genoma e o desenvolvimento de ferramentas para modificações no DNA.

O Crispr já é adotado em alguns laboratórios pelo mundo. Aqui no Brasil, ele faz parte do Projeto Genoma, da USP.

A técnica ajuda a estudar doenças genéticas, possibilitando a aplicação terapêutica em um futuro muito próximo. Ele já foi adotado no tratamento de doenças hematológicas e câncer da USP.

Cientistas vencem juntas o Prêmio Nobel

 

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A pesquisa

Tudo começou quando Emmanuelle estudava a bactéria Streptococcus pyogenes, que é responsável por infecções como faringite bacteriana e escarlatina.

Ela descobriu uma molécula que faz parte do sistema de defesa imunológica do nosso organismo, conhecida como Cripr-Cas. Essa molécula atua como uma “tesoura genética”, desarmando o vírus através de um corte em seu DNA.

Emmanuelle publicou o seu estudo em 2011 e foi chamada para colaborar com Jennifer, para que ,untas, elas conseguissem recriar essa tesoura genética da bactéria em um tubo de ensaio. Isso só simplificaria componentes moleculares da tesoura para que ela se tornasse mais fácil de usar.

E elas conseguiram.

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Cientistas descobrem "Tesoura Genética"
Cientistas descobrem “Tesoura Genética”

O estudo final foi publicado em 2012 e, desde então, a técnica vem contribuindo para diversas outras descobertas em pesquisas simples, mas também na medicina em experimentos em terapias contra o câncer.

A tecnologia descoberta pela dupla de cientistas também pode ajudar no tratamento ou cura de doenças hereditárias. Atualmente, ela vem sendo investigada para possivelmente tratar uma doença no sangue chamada anemia falciforme, que pode gravemente obstruir o fluxo sanguíneo.

Emmanuelle Charpentier, é francesa, tem 51 anos e atua como diretora do Instituto Max Planck de Biologia de Infecções em Berlim. Jennifer Doudna, é americana, tem 56 anos e atua como professora da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

Antes de Emmanuelle e Jennifer, outras cinco mulheres já haviam ganhado o Nobel em Química: Marie Curie (1911), Irène Joliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964), Ada E. Yonath (2009) e Frances H. Arnold (2018). No entanto, é a primeira vez que duas cientistas são premiadas juntas, pelo mesmo estudo!

As vencedoras dividirão o valor de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,3 milhões).

Que conquista, hein?

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A história de hoje vai muito além disso da união entre irmãos, é uma relação de cumplicidade, de desprendimento, de dedicação, de amor, de ensinamentos.

 

FONTE: Canal Tech

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