O que era para ser um episódio terrível na história de Antônia Santos virou um dos capítulos mais bonitos da sua vida. Depois de quase morrer em um incêndio na sua barraca de lanches, ela viu sua vida ser salva por um detalhe e tudo o que se perdeu no fogo foi reconstruído pelos clientes e amigos.
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O incêndio aconteceu no dia 8 de agosto deste ano. A barraquinha fica dentro da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, e o fogo consumiu tudo rapidamente. Era horário de aula e a universidade estava cheia. Toinha, como é conhecida, ficou presa na barraca. Alunos, professores e funcionários ficaram aflitos. “A única coisa que eu tinha certeza era que eu ia morrer”, relembra.
Um amigo conseguiu tirá-la com vida pelo único espaço disponível no teto. A maior perda foi evitada, Toinha estava salva. “O fogo estava tomando conta de tudo, eu olhei e só vi uma brecha no teto. Aí ela botou os braços pra fora gritando, pedindo socorro, eu subi e puxei. Nós caímos juntos no chão”, relatou José Ricardo, o Caboclo, que é marido de uma das ajudantes de Toinha. “É Deus que coloca a gente no lugar certo, na hora certa. Ele usa a gente.”
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Antônia queimou os braços e precisou ser levada para o hospital. Depois que recebeu alta, ela soube que tinha perdido tudo o que construiu em 15 anos de trabalho com o marido, Valério Daltro. Em poucos segundos, o fogo levou a barraca, mesas, cadeiras, toda a cozinha, geladeira, fogão, freezer… Não restou nada a não ser lamento.
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Mas antes mesmo de Antônia sentir qualquer tristeza, uma vaquinha estava sendo realizada na internet para ajudar a reconstruir a barraca.
Voluntários reconstruíram tudo em menos de três meses
Enquanto alunos, professores e funcionários arrecadavam recursos para doar para a vendedora, começaram a chegar também doações como tijolos, cimento, material de construção, utensílios de cozinha, fogão e até paninhos de prato. “A bondade das pessoas nessa hora me surpreendeu muito”, disse. Pedreiros ofereceram sua força de trabalho para reconstruir os sonhos de Toinha.
Pouco tempo depois de sair do hospital, Toinha voltou a trabalhar de forma improvisada, com uma tenda de lona, e enterrou as cinzas do episódio. “Eu só quero lembrar as coisas boas e nunca pensei em desistir”, disse.
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Os voluntários conseguiram arrecadar cerca de R$ 8 mil e em menos de três meses levantaram uma nova lanchonete. A barraca de ferro, em formato de fiteiro, deu espaço a um novo estabelecimento de alvenaria. Estava aberta novamente a lanchonete da Toinha e agora de toda a universidade, que abraçou a causa.
“A conquista deles é uma conquista nossa como universidade porque nós somos uma família e quando a gente se considera uma família, as lutas e as vitórias são nossas, então foi muito bom ver essa superação, pois nós nos sentimos também participantes de tudo isso”, disse a estudante Adélia Barros.
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“Eu quero mais é agradecer a Deus. Você precisa acreditar que tem alguém que nunca vai deixar algo de mal acontecer com você. A gente apanha, a gente cai, a gente levanta, a gente cai e levanta novamente. O que temos é que aprender a tirar o melhor de cada situação”, finalizou Toinha.
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