Teve um tempo que Nelson Mendonça achou que não conseguiria mais largar a dependência química. Foram mais de 20 anos lutando contra o vício que inclusive, o levou a entrar e sair da prisão repetidamente. Mas a última vez que esteve encarcerado, Nelson aprendeu algo novo e que mudaria a sua vida e a de milhares de outros homens: o tricô!
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Isso, gente! A arte de transformar novelos de lãs em lindas peças foi o que salvou a vida do Nelson e vem ajudando outros pacientes de um grupo de recuperação. Por estar dando tão certo, ele criou o seu próprio ‘Clube do Tricô’, em uma clínica de reabilitação, em Surrey, no Canadá, para ajudar outros dependentes.
Passatempo na prisão
A última detenção de Nelson foi no início da pandemia. Na prisão, ele pegou um tear redondo e algumas lãs, que foram deixados por grupos de apoio aos detentos. A ideia era ter um passatempo até terminar a sua pena.
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Só que Nelson foi gostando do tricô e, quando saiu da cadeia agora em julho, decidiu que continuaria a prática aqui fora. Os gorros e chapéus que produziu nos últimos meses, Nelson fez doação para pessoas em situação de rua na sua cidade.
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Grupo de apoio
Assim que saiu da prisão, Nelson foi integrado ao Phoenix Society, uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Ele precisaria passar 90 dias internado, como parte da terapia. E o tricô estava lá, junto dele!
Nelson tricotava para passar o tempo e ajudar no tratamento da clínica. Vendo as peças sendo criadas, outros pacientes se aproximaram e demonstraram interesse em aprender também.
Agora, ele lidera um grupo de cerca de 10 homens que já tricotaram mais de 200 gorros que são doados a pessoas necessitadas.
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Entre os alunos de Nelson está o Michael Prokopchuk, de 31 anos, que passou anos lutando contra seu próprio vício em drogas, o que o levou a uma tentativa de suicídio antes de se juntar ao Phoenix.
“Nosso grupo de tricô tem me ajudado mantendo minha mente ocupada e me dando um senso de comunidade. Eu me conectei com todos em nosso grupo e aprendi algumas lições de qualidade de vida, compartilhando com o grupo durante meu tempo aqui.“, conta Michael.
Para Nelson, essa está sendo a experiência mais gratificante da sua vida. “Parece uma coisa pequena, mas começar um gorro, terminá-lo e depois dá-lo a alguém, despertou em mim uma alegria que nunca senti antes em minha vida.”
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E os papos que antes eram monótonos, agora divertem e envolvem todos do grupo.
“É muito bom ter algo para fazer, e as conversas que temos são sobre pompons, cores, abas, e nos pegamos sentados como se não pudéssemos acreditar no que estamos falando“, disse Nelson.
Ajudando pessoas necessitadas
O Clube do Tricô de Nelson tem ainda uma segunda proposta: ajudar pessoas necessitadas. Todas as peças que são criadas por ele ou outros pacientes da clínica, são doadas para moradores em situação de rua em Surrey e cidades vizinhas.
Os gorros são doados a grupos marginalizados que não têm agasalhos durante o inverno – incluindo pessoas em abrigos para sem-teto, mães solteiras que precisavam de algo para dar a seus filhos no Natal. Nelson se preocupou até em fazer gorros pequenos, para bebês.
Que propósito, não é gente?
Fonte: CNN
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