Com este tratamento, lixo vira água potável, produtos para agricultura e construção civil

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Após 12 anos de estudo, o biólogo Guilherme Moraes dos Santos criou um novo tratamento para o lixo. O processo chamado “Digestão Molecular de Resíduos Sólidos” possibilita transformar o lixo e chorume residenciais em uma pasta que pode ser tratada de forma a servir para várias finalidades, além de reduzir em 80% o volume bruto do lixo.

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Entre as finalidades que esta pasta pode serivir, a mais importante é a de tornar-se água potável. Mas também pode ser usada como matéria-prima para construção civil, adubo natural e água reutilizável para jardins e limpeza de vias públicas.

O processo menos trabalhoso e com baixo custo, também contempla triagem e desinfecção de recicláveis para comercialização ou retorno à indústria.

copperlagos

A criação de Guilherme está sendo executada inicialmente na empresa Urbam, em São José dos Campos, São Paulo. “Toda a estrutura física da matéria, inclusive do lixo, segue um padrão dentro do absoluto controle da luz solar”, afirma em entrevista ao Envolverde.

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O mau cheiro do chorume some em poucos minutos de tratamento. “Este processo é uma sinergia química, na qual a molécula de hidrogênio é condicionada em uma escala energética para desintegração e renovação da matéria. O hidrogênio, uma molécula muito atuante no planeta, transmuta tudo que não tem utilidade para renovação da vida ou sem funcionalidade ao equilíbrio biológico do solo. Os elementos químicos nocivos tornam-se benéficos”, conta.

Ele explica que mais do que eliminar totalmente o odor, o processo evita gastos milionários com manutenção de aterros. “A pasta é inerte, o que já justifica a importância deste tratamento dos resíduos que reduz em 80% o volume bruto do lixo”.

A pasta possui elementos químicos orgânicos essenciais à cadeia de nutrição do solo, plantas e vida bacteriana da terra. “É vantagem fornecê-la como fertilizante à agricultura para um resultado mais eficiente, preservando fontes de recursos da natureza, em substituição a adubos artificiais altamente impactantes”.

Tais medidas de logística reversa estão previstas na Lei Federal 12.305/2010 que versa sobre o Plano Estadual de Resíduos Sólidos no Brasil.

Veja no vídeo como funciona melhor:

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Após triagem de objetos mais resistentes, resíduos são inseridos no reator para processo de digestão molecular.

Foto-1

Segunda fase do processo de digestão molecular.

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Foto-2

Terceira fase do processo de digestão molecular.

Foto-3

Chorume em estado natural para tratamento.

Foto-4

Chorume em processo de eletrocondutividade de hidrogênio, próximo à condição de água de reuso.

Foto-5

Amostras demonstram fases de purificação do chorume.

Foto-6

Tijolo ultraleve e resistente, resultado da digestão molecular de resíduos sólidos.

Foto-7

Fonte: Envolverde

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1 COMENTÁRIO

  1. Isso não é uma boa ideia, todo plástico libera muitas substâncias tóxicas, uma delas se chama Dioxina, que pode causar má formação no feto e até impossibilidade de reprodução (humana e animal). E mais, até onde eu sei plástico não se degrada, vira micro partículas, ou seja, essa pasta/água pode ser composta de enormes quantidades de microplasticos que é extremamente prejudicial à saúde. É bem parecido com o que acontece no mar, o plástico vira micropartículas, os peixes comem, e nós comemos os peixes. Logo seremos extintos. Deveríamos parar de produzir plástico.

    Veja o documentário para saber mais: https://www.youtube.com/watch?v=kbkENKN4ZFo

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