Com ouro nas Paralimpíadas, atleta indiano sai da extrema pobreza e muda sua vida para sempre

Como é bom colocar a cabeça no travesseiro e dormir confortável todas as noites. Para o atleta indiano Mariyappan Thangavelu essa realidade demorou a acontecer. Isso porque até o ano passado, o jovem de 21 anos nunca havia dormido em uma cama por conta de suas condições financeiras. Conquistando a medalha de ouro nas Paralimpíadas Rio 2016, ele mudou seu destino com o prêmio de, aproximadamente, R$ 367,5 mil.
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Com o primeiro lugar na prova do salto em altura classe T42 – que garantiu a terceira medalha de ouro da história paralímpica de seu país -, o indiano caminha rumo a novas vitórias no esporte e na vida pessoal. “Ele é extremamente pobre, e financeiramente essa medalha muda a vida dele para sempre. Estou tão orgulhosa dele!”, contou a companheira de equipe Bhati Varun Singh ao site oficial Rio 2016.
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O atleta cresceu na vila de Periyavadagampatti, em Tamil Nadu, região sudeste da Índia, onde vive sua mãe e seus dois irmãos numa casa humilde que é menor do que o quarto que teve na vila olímpica. Quando era criança, sofreu um acidente que o deixou com uma deficiência permanente: um ônibus esmagou sua perna direita, deixando a parte abaixo do joelho atrofiada, o que impediu seu desenvolvimento. A família ainda tem uma dívida para quitar por conta de seu tratamento, feito a mais de 10 anos atrás.
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Apaixonado por esporte, jogava vôlei na escola até que um professor sugeriu o salto em altura. Aos 14 anos já veio um grande feito na vida de Thangavelu, o segundo lugar numa competição com atletas sem deficiência. “Não me vejo diferente destas pessoas. No começo, meus colegas não acreditaram que eu poderia fazê-lo, mas uma vez eu fiz esse primeiro salto, todos se animaram. Depois daquele dia, um monte de gente veio me apoiar”, contou.
Depois dos Jogos, ele ainda afirma que quer encontrar um bom trabalho e cuidar da mãe. E vai continuar treinando para Tóquio 2020, onde pretende se aposentar pois logo depois irá amputar o pé prejudicado pelo acidente. Segundo Satyanarayana, seu treinador, é neste ano que o atleta completa 25 anos, indicando que está na hora de marcar seu casamento, seguindo tradições indianas.
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