Projeto com jovens vem combatendo masculinidade tóxica e estereótipo de “machão”

“Homem de verdade não chora”. “Não seja frouxo”. “Seja um caçador!”. Essas entre tantas expressões tendem a impor aos meninos o que “é ser homem”. E com o objetivo de quebrar esse modelo de masculinidade tóxica, que os educadores físicos Leonardo Oshiro e Marcelo Peterlini, de Osasco (SP), criaram o Projeto Okara, que consiste em reuniões e exercícios que auxiliam garotos entre 13 e 15 anos a encontrarem formas mais saudáveis de expressarem sua masculinidade.
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O projeto nasceu há dois anos a partir do questionamento dos educadores sobre os estereótipos da masculinidade pelos quais eles cresceram acreditando que era a correta, e na vontade de contribuir de forma mais potente na criação de novas realidades.
“Cada um de nós dois já vinha, há algum tempo, num movimento pessoal de pesquisa e estudo sobre masculinidade e como ambos trabalhávamos com jovens, foi um movimento orgânico criar um programa que se propusesse a discutir essa construção com os meninos”, explicou Leonardo.
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Eles realizam nas escolas encontros que englobam ferramentas como escuta sensível, art of hosting, jogos cooperativos, técnicas de expressão corporal, mindfullness, brincadeiras populares e muito mais, com a proposta de criar um ambiente seguro, onde esses meninos se sintam à vontade para compartilhar suas histórias, promovendo uma verdadeira jornada de autoconhecimento.
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“Até hoje, todos os nossos encontros tiveram resultados excepcionais com relação as nossas expectativas e tivemos muitos feedbacks inspiradores e potentes. É fato que não foram todos os meninos que se conectaram com a nossa proposta e abandonaram o grupo ao longo dos encontros, mas isso também já era esperado, pois sabemos que nossas discussões podem visitar lugares desconfortáveis dentro das histórias de cada menino”, disse Leonardo.
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Transição saudável da juventude para a fase adulta
Os educadores relataram que quando jovens não tiveram a oportunidade de discutir dentro de casa ou até mesmo no ambiente escolar questões que permeiam o universo masculino, e o quanto isso é essencial para uma transição saudável desses garotos para a fase adulta.
Portanto, Okara é um espaço de cuidado e acolhimento para que esses meninos possa se abrir. Cada grupo possui o seu ritmo e o mesmo é respeitado pelos educadores. No momento, o projeto está aberto para parcerias, o objetivo é leva-lo para mais escolas do Estado, e até mesmo, para o Brasil.
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“Ao olhar para as referências de masculino, atitudes e características esperadas no “papel de homem”, repressão das emoções, etc, é natural que possa surgir algum desconforto em algum momento dos encontros, mas nós entendemos que entrar em contato com esses desconfortos é parte fundamental do processo de transformação, e por isso conduzimos nossos encontros de modo gradual e orgânico, sempre remando de acordo com o ritmo de cada grupo”, explicou Leonardo.
Que projeto incrível! Veja na prática como funciona:
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crédito das fotos: Reprodução/Projeto Okara
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