Como a economia compartilhada de carros pode aproximar as pessoas

0
1947

Você já ouviu falar sobre “economia compartilhada”? É quando substituímos a compra de um produto pelo acesso a esse produto.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

O termo pode parecer novo, mas essa prática não é nenhuma novidade. Basta pegarmos o exemplo de quando emprestamos uma roupa, um sapato, qualquer coisa que seja, para um amigo. Ao invés de vender, você empresta durante um tempo, podendo, ou não, cobrar por isso.

A economia compartilhada tem se espalhado no mundo todo. Não resta dúvidas de que é uma tendência que veio para ficar. Por isso mesmo, surgem com cada vez mais frequência empreendimentos com foco nesse modelo de economia.

Aqui no Brasil, a startup Parpe, encubada pela agência Vollup, dos sócios Lucio Gomes, 33, e Felipe Faria Ziegelmeyer, 31, caminha nessa direção.

O empreendedor à frente da startup de compartilhamento de veículos, Guilherme Cury, 22, conversou com a gente sobre o desenvolvimento do negócio, como tem sido a aceitação das pessoas, como o serviço é oferecido, os usos que as pessoas podem fazer dele, e, mais do que isso, sobre os benefícios sociais e ambientais de uma economia que aposta as suas fichas na confiança de uma pessoa na outra.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

1) Guilherme, fale um pouco sobre esse começo de trabalho da Parpe.

A gente escolheu começar só com o carro e pensamos neste ano abrir pra barco, mas, primeiro, a gente quer se estabilizar em carro. Fazer o negócio girar legal, aprender. Até agora estamos com 300 condutores cadastrados que estão sendo aprovados pelo seguro, tanto o condutor quanto o proprietário do carro.

2) Como tem sido a aceitação das pessoas?

A galera está aceitando bem, entendendo mais fácil do que a gente imaginava, o que é o modelo, o que está acontecendo, qual é a proposta, que ela pode estar fazendo uma renda com aquilo, que ela pode estar usando o dinheiro para os próprios custos do carro e que ela usa o carro uma hora por dia, no máximo, e que aquilo pode deixar de ser um peso.

3) São muitos os usos que as pessoas podem fazer desse serviço, correto?

Não é só mais pra viagem, são outros usos pontuais, que estão nascendo junto com essa possibilidade de alugar mais barato que uma locadora, e não é burocrático.

4) E como é relação entre quem procura e quem aluga o carro?

A gente tem percebido que o fato da pessoa ir até a casa de outra pessoa, conversar, combinar, é flexível. Ela pode combinar a hora de retirada, a pessoa pode aceitar ou não. E, como só tem gente aprovada, as pessoas se sentem mais confortáveis.

5. A economia compartilhada é também uma alternativa ecológica, de mobilidade e de aproximação das pessoas?

Tem um dado muito forte que diz que a cada carro que você compartilha, ele tira, em média, de 13 a 15 carros da rua. Então, o impacto de mobilidade é muito grande, diminui cerca de 13 vezes o espaço que você ocupa e também são 13 carros a menos poluindo.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Mas outra pegada muito forte, que a gente tem sentido, é a parte social da coisa, da pessoa conhecer alguém, de pegar o carro de outra pessoa, dela falar com alguém. Por isso que a gente só habilita o cadastro via Facebook, pra quando a pessoa solicitar o aluguel do carro conhecer quem está alugando. As pessoas acabam se conhecendo, é como o Airbnb. Então, isso é muito mais forte mesmo do que a parte da economia, de você poder eliminar custos ou otimizar o seu ativo.

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.