Exercitar a gratidão é uma maneira de se fortalecer, veja como

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Pode ser em silêncio, sozinho consigo ou em grupo, na companhia de pessoas queridas: enxergar em si e ao redor aquilo que te deixa feliz é uma maneira de celebrar a vida. E uma forma simples de se sentir mais capaz de enfrentar os desafios. Quer saber como trazer a gratidão para o seu dia a dia? Veja as dicas abaixo:

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Mude seu olhar

Repare nos detalhes do seu dia a dia, os encontros, conquistas e descobertas aparentemente pequenas, que lhe trazem felicidade, esperança, bem-estar. Teve uma boa conversa com amigos de longa data? Ganhou um elogio sincero e inesperado? Alguém o ajudou quando estava em apuros? Vale tudo, desde que você sinta que isso lhe trouxe algo positivo. Perceber as pequenas alegrias do cotidiano nem sempre é algo fácil ou automático, mas você pode (e deve!) treinar seu olhar para que elas não passem batido.

Mantenha um diário

Um dos exercícios mais famosos nos estudos da psicologia positiva é o diário da gratidão. Basicamente, você deve anotar ao menos três coisas pelas quais você sentiu gratidão no seu dia. “Podem ser coisas específicas que as pessoas fizeram por você, ou simplesmente as coisas na vida pelas quais quer agradecer, tais como um dia ensolarado ou ter amigos e familiares que o apoiam”, explica a psicóloga britânica Fuschia Sirois. Escrever no diário pouco antes de ir para a cama também é uma boa estratégia para melhorar a qualidade do sono e ter uma noite mais tranquila.

Ou use alarmes

Tudo bem se você não curtir a ideia de preencher um diário toda noite. Outra forma de incluir a gratidão na rotina é criar alarmes regulares, pelo menos três vezes ao dia, para pensar no assunto: o que teve de positivo desde o último alarme? Escolha um item para cada pausa e reflita sobre ele. “Se você quer cultivar a gratidão, mas não pensa nisso ativamente, essa é uma prática que ajuda bastante”, assegura a psicóloga Renata Livramento. “O alarme é para pessoas mais agitadas, que não vão conseguir parar por muito tempo”, explica.

Compartilhe com quem você ama

Outra opção é fazer o mesmo exercício do alarme ou do diário, mas em grupo. Pode ser uma conversa em uma roda de amigos, com o parceiro de noite, ou com sua família, na hora do jantar. Cada um compartilha três coisas positivas pelas quais é grato naquele dia. “Às vezes, é complicado ver os pontos positivos – se temos um dia difícil, por exemplo. Mas, quando ouvimos a gratidão que as pessoas próximas sentem, isso pode nos inspirar a valorizar as pequenas coisas pelas quais podemos ser gratos”, observa Fuschia Sirois.

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Cuidado com as comparações

Para atingir a gratidão, é preciso sentir satisfação com aquilo que se tem agora, com as conquistas ao longo do caminho. “A gratidão é um ato comparativo. Toda vez que você está em um momento melhor que o anterior, você tem a chance de ter esse sentimento”, explica a neurocientista Claudia Feitosa-Santana. Porém, se a referência ideal for a vida aparentemente perfeita de outras pessoas no Instagram, talvez você tenha mais dificuldade em valorizar aquilo que há de bom no seu dia a dia. Evite comparações exageradas e, se possível, dê um tempo das redes sociais.

Não se obrigue

Nem todo mundo precisa sentir ou, principalmente, demonstrar gratidão. “Quando está tudo certo, você pode até sentir o que a gente entende como gratidão, mas talvez não sinta a necessidade de nomear dessa forma”, ressalta a neurocientista Claudia Feitosa-Santana. E tudo bem: “A gente não precisa sempre querer expressar esse sentimento”, diz Claudia. Ela lembra que, por outro lado, se está insatisfeito com sua vida ou passa por um momento difícil, aí, sim, a gratidão pode ajudar na superação desse mal-estar.

Não obrigue os outros

Da mesma forma que você não é obrigado, também não é seu papel forçar os outros a expressar gratidão – até porque, do ponto de vista da saúde mental, é mais importante que a pessoa sinta a gratidão internamente do que ela externalize o sentimento. Também é essencial lembrar que a gratidão não é o mesmo que retribuição. Agradecer o favor de alguém ou dar algo em troca pode ser um ato de respeito e cordialidade, mas não significa que realmente haja gratidão – ela tem que surgir espontaneamente, não pela cobrança de alguém.

Gratidão não é generosidade

Participar de projetos sociais ou fazer atos de solidariedade não é condicionante para demonstrar-se grato – mas pode ser um efeito secundário (e também benéfico) dessa experiência. Isto é: gratidão não envolve retribuição. “Ela favorece o relacionamento com outras pessoas e, talvez, isso nos leve a ter atitudes mais altruístas. Mas, na verdade, a pessoa está fazendo aquilo para ela mesma”, aponta Claudia Feitosa-Santana. Lembre-se: gratidão é um sentimento, a ação que decorre disso é outra história.

Texto: Juan Ortiz, Caroline Guarnieri e Mariana Alves
Ilustração: Amy Maitland
Conteúdo extraído da reportagem “Um olhar para a gratidão”, publicada originalmente na Sorria #83, em fevereiro de 2022.

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