Confeiteira dá exemplo de inclusão com bolo ‘destruído’ em festa de criança autista
Um bolo ‘destruído’ e uma criança autista deram a grande lição de como é importante respeitarmos as particularidades das pessoas. A confeiteira Débora Vieira, de Belo Horizonte (MG), publicou na sua página do Facebook um relato sobre como crianças autistas, com alguma deficiência ou alguma restrição alimentar são excluídas de festas infantis, e que isso precisa mudar!
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“O Leon é uma criança autista, que escolheu para o tema da sua festa o Titanic. Bolo perfeito e devidamente estruturado sobre a mesa, navio de biscuit elegantemente posicionado…. e vrá! Leon achou melhor enfiar o navio bolo adentro, afinal de contas foi assim que aconteceu com o Titanic, ora”, conta ela num trecho da publicação.
[Aos 23 anos, o Julio, que tem autismo severo, precisa ser amarrado em momentos de crise. Também por falta de tratamento ele parou de falar há muitos anos e precisa de um acompanhamento em clínicas e psicoterapeutas. Queremos custear um tratamento pra ele e comprar moveis para a família em Fortaleza (CE) viver um pouco melhor. Contribua aqui.]
Leia Mais
Ver essa foto no Instagram
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Ela contou ao Razões que no primeiro momento tomou um susto e sentiu vergonha com o que os convidados pensariam, e também pelo fato de que um bolo desses exige muita técnica e cuidado. “Coloquei o bolo na mesa, o topo sobre o bolo, tirei fotos, bastante orgulhosa por ter dado tudo certo”, relembra.
Mas que, quando se deu conta que estava julgando a situação, se autocorrigiu.
“O pesadelo de uma confeiteira é o bolo rachar no meio da festa, certo? Depois deste final de semana eu posso dizer: nem sempre! E sabe o que isso nos ensina? Que autistas se divertem de uma forma diferente. Mas se a diversão comprometer apenas o bolo de aniversário da própria criança: que mal tem? Vamos nos permitir?”.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
“Cada um com seus problemas”
É assim que a profissional define o comportamento das pessoas quando precisam lidar com a inclusão. “Mães de crianças alérgicas frequentemente passam por situações semelhantes: ‘não vou chamar seu filho pra festinha, afinal ele não come nada, mesmo’”.
Por isso, o “bolo destruído” também ensinou a importância de uma festa inclusiva! O bolos, doces e quitutes que a Débora faz tem opções inclusivas para quem não pode ou não quer consumir leite, ovo ou carne.
“Eis que ao final da festa, uma criança de 12 anos – alérgico ao leite de vaca, e acostumado a nunca ter o que comer nas festinhas – ficou verdadeiramente surpreso e quis perguntar à anfitriã por que diabos ela fez uma festa inclusiva quando ninguém da família tinha restrições”, disse.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Vamos nos permitir incluir, você disse tudo, Débora! E, Leon, genial a ideia de afundar o navio no bolo, afinal, foi assim como tudo aconteceu, não é mesmo?!
Você conhece o VOAA? VOAA significa vaquinha online com amor e afeto. E é do Razões! Se existe uma história triste, lutamos para transformar em final feliz. Acesse e nos ajude a mudar histórias.
crédito das fotos: Débora Vieira/Arquivo pessoal
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.