Estima-se que entre 2 e 3 milhões de mulheres indianas são profissionais do sexo. Nascidas em famílias pobres, meninas de apenas 12 anos são iniciadas neste comércio como meio de sobrevivência.
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Elas são muitas vezes forçados a abandonar a escola, e, em essência, a sociedade. Como resultado de sua falta de educação, elas podem passar a vida inteira à mercê dos clientes, cafetões, e com sua própria saúde debilitada.
A necessidade econômica, a coerção familiar, e a falta de opções de emprego em áreas remotas muitas vezes obrigam as mulheres a este tipo de escravidão sexual, um ciclo que pode ser inquebrável.
Embora existam várias ONGs na Índia que procuram ajudar estas mulheres e diminuir esses números esmagadores.
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Por exemplo, a Anchal, uma linha de roupas baseada em KY Louisville, oferece carreiras têxteis para profissionais do sexo (em parceria com grupos como Anoothi / Vatsalya em Ajmer, Rajasthan e New Light em Calcutá, Bengala Ocidental).
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O objetivo é ajudar essas mulheres a encontrarem formas alternativas de faturamento e ganhar novas habilidades.
A Anchal começou em 2009, quando a estudante Colleen Clines participou de um seminário explorando o design no terceiro mundo.
Essa experiência inspirou ela a viajar para a Índia, onde percebeu que poderia mudar vidas através de uma ação direta. Ela decidiu fundir suas habilidades criativas com o empreendedorismo social, e assim a Anchal foi concebida.
Desde 2009, Clines já ajudou mais de 100 mulheres a iniciar carreira na indústria têxtil e design, facilitando o treinamento em tudo, desde o tingimento, costura até criação de estampas.
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A primeira coleção de Anchal, Living in Color (lançamento outubro 2015), é apenas o último de uma série de projetos bem-sucedidos que Clines tem facilitado.
Anteriormente, ela liderou a Didi (que significa “irmandade” em hindi) Connection, uma colaboração com a atriz America Ferrera. Ela também recebeu doações do Jantar para Mulheres, e o prêmio Impacto Global Googl, que permitiu Anchal triplicar de tamanho.
Em 2014 Clines ficou no número 18 na lista de Interesse Público Projeto Global 100, uma lista ilustre de empresários com “design e serviços para fins de desenvolvimento.”
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Mas a Anchal e seus associados querem mais do que apenas dar a essas mulheres trabalho. Anoothi, sua primeira ONG parceira, também contribui com suporte e manutenção para as crianças em Jaipur, onde muitas crianças órfãs ou abandonadas escapam desses mesmos ciclos de pobreza e prostituição.
Anoothi ajuda as mães através do financiamento de grupos de auto-ajuda, treinamento, micro crédito e atividades de micro-finanças.
“Qualquer coisa que eu não pude desfrutar criança, posso garantir que minha filha receba. Ela também irá receber a melhor educação possível “, diz Meena, uma das mulheres que trabalham com Anchal. “Eu costumava me preocupar muito sobre a forma como eu ia fazer isso, mas agora eu tenho coragem e dinheiro.”
Havia muitas mulheres dispostas a falar a respeito de suas experiências com Anchal, mas todos tiveram a mesma mensagem: fazer destas peças de vestuário algo significativo para suas vidas.
“Anchal está impactando a vida de uma população extremamente vulnerável, as mulheres presas em um ciclo interminável de abuso e exploração”, explicou a Clines. “O programa da Anchal não só dá às mulheres qualificações e novos empregos, fornece confiança. Elas se transformaram em mulheres criativas e independentes.”
Em consonância com o seu compromisso com essas mulheres, a Anchal está atualmente trabalhando em busca de bolsas para financiar a educação dos filhos das trabalhadoras.
The Anchal Narrative from Anchal Project on Vimeo.
Fonte: Magazine Good
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