Vó Georgiana abre creche na própria casa para crianças abandonadas

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Há 30 anos, Dona Georgina, 67 anos, se dedica a cuidar de crianças abandonadas ou em situação de risco, dentro da sua própria casa, que ela transformou numa creche improvisada.

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Vó Georgina, como é conhecida, mora na Zona Sul de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela já perdeu as contas de quantos meninos e meninas ajudou a criar, apesar das dificuldades para sustentar os quatro filhos biológicos.

Nesse tempo, ela teve que superar a perda da casa em um incêndio e um aneurisma cerebral. Dois momentos dolorosos de sua vida e que, no entanto, não a impediram de ajudar.

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A creche foi batizada de Cantinho Vó Georgina. Lá, dormem atualmente 10 crianças, porém todos os dias, o local recebe cerca de 50 meninos e meninas – às vezes, chegam a 70 –, de seis meses a 12 anos.

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“Enquanto eu tiver força para lutar, por amor a eles, eu farei até o fim. Para livrá-los do pior. Quero que eles vejam o mundo de forma diferente. Eles têm que aprender que o mundo não é só isso que eles veem por aqui”, declarou a vó Georgina para o G1.

A maioria das crianças passa apenas um turno na creche. Mas, algumas precisaram mudar de endereço e vivem na creche temporariamente, sob os cuidados de vó Georgina, que conta com a ajuda dos filhos.

Ali, vive uma menina que sofria frequentes abusos do pai alcoólatra. Outra sofria espancamento no rosto até que bateu na porta de Georgina e pediu socorro: “Ela me pedia: ‘Vó, não me deixa voltar pra casa, por favor’. Como eu vou recusar um pedido desses, meu Deus do céu?”.

“Alguns já apareceram aqui de madrugada, só querendo carinho. Jamais, nunca, vou dizer não pra nenhum deles”, diz ela, convicta de sua missão.

Georgina não quer saber os problemas que levaram as crianças até sua creche. Ela só pensa em ajudá-las da melhor maneira possível. Vó Georgina quer oferecer proteção, carinho e amor aos pequenos acima de qualquer coisa.

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A creche Carinho Vó Georgina sobrevive de doações e do salário mínimo de Dona Georgina, incapacitada de trabalhar, obtido através do auxílio-doença do INSS.

Algumas mães tentam ajudar, pagando uma mensalidade simbólica. Elas chegam a dar 50, 60, 70 reais por mês, mas nem sempre o dinheiro é suficiente para bancar as despesas que vó Georgina tem para cuidar dos filhos dessas mães.

crédito da foto: Rafaella Fraga/G1

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