O que não falta no mercado são dietas, das mais sensatas às mais malucas. A grande maioria das pessoas deseja ter uma vida mais saudável ou estar com o corpo em dia, mas o que poucas praticam é o autoconhecimento. Essa é uma das chaves fundamentais do Saúde Radiante, curso online e gratuito que ensina sobre alimentação consciente para revolucionar seus hábitos. O projeto de nutrição, desintoxicação e vitalidade desenvolvido por Paulo Yamaçake não é dieta, não é comercial, são videoaulas para o bem-estar e a qualidade de vida, dois itens indispensáveis na hora de fazer escolhas que vão para a sua mesa e seu corpo.
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Numa conversa com o Razões para Acreditar, o Paulo me contou tudo e mais um pouco sobre sua jornada, que o levou a querer espalhar essa mensagem. Fugindo das universidades tradicionais, ele se formou na Mind Body Studies Academy, na Alemanha, uma escola focada em ferramentas que desenvolvem o potencial humano. Foi este o incentivo para traçar caminhos e fazer escolhas profissionais e pessoais. Depois estudou medicina tradicional chinesa, fez pesquisas sobre medicina tradicional indígena no Peru e trabalhou na equipe do Dr. Gabriel Cousens nos EUA, que tem um centro médico de rejuvenescimento e tratamento de doenças, referência mundial em desintoxicação, jejum e alimentação viva e orgânica.
Por um período de pouco mais de três anos na MBS, fez centenas de experiências físicas com o corpo e mente, aprendendo na prática a desenvolver capacidades que o levam a criar experiência como profissional. “Lá a gente costuma dizer que todos nós temos uma parte herdada e genética, uma parte educada (pela sociedade, escola, amigos, família etc.) e temos também a autoeducação, e é nessa parte que eu me formei, pois, eu acredito que o que é genético é normalmente mais difícil de mudar, a educação que recebemos tem uma qualidade mais ou menos definida pelo educador, mas, a autoeducação é onde está o potencial humano, todas as pessoas são capazes de aprender sozinhas, com a vida, com experiências e daí vem o brilho de cada um. Quem ensinou Salvador Dali a pintar? Einstein a se concentrar? Ayrton Senna a correr? Todos desenvolveram formas de aprender por conta própria. Eu sou formado num método que desenvolve isso em cada pessoa.”, disse.
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Yamaçake então criou o Manual Humano, que oferece uma espécie de “coaching pra vida”, propondo mecanismo de aprimoramento do corpo, da mente e do espírito para estabelecer bases sólidas que potencializam o ser humano. Como quase qualquer mortal, ele também teve uma infância regada às delícias industrializadas, como chocolate e lasanha, dispensando alimentos saudáveis. Apesar de ser alheio aos esportes, competia natação porque adorava viajar, o que o levou, aos 19 anos, a um grupo de pesquisa e criação de performances. “Comecei a aprender mais sobre a conexão corpo-emoções-mente, e naturalmente, seguindo meus instintos acabei mudando a alimentação, passei um bom tempo vegetariano, vegano, na alimentação da medicina chinesa, na alimentação viva, dentre outras (…) Já são 10 anos de experiências nessa área. Eu sou um exemplo típico de pessoa que só comia porcaria e hoje tem muita facilidade em comer saudável. Acredito que a mudança é possível para todos.”
Falando em mudanças, atualmente o Brasil alcançou níveis alarmantes de obesidade, especialmente a infantil. Com planos de reduzir os índices até 2019, agora é hora de correr atrás do prejuízo, que sequer existiria se nos alimentássemos da forma correta. “A gente precisa aumentar a oferta de coisas saudáveis, gostosas e baratas. Ninguém é contra mudar de dieta desde que seja tão gostoso quanto e não custe mais pra isso. Um caminho fácil seria continuar comendo coisas gostosas, mas, preparadas com ingredientes diferentes (…) No caso das crianças, eu penso que elas não deveriam ser o foco de mudança, quem precisa mudar são os pais. São eles que trazem comida para casa”, opinou. Em seu site, ele compartilha mais de 100 receitas gratuitas que têm bastante apelo tanto para os pequenos quanto para os adultos.
Depois de cinco anos de estudos e trabalho, criou o Saúde Radiante para ampliar os caminhos da alimentação, afinal, a grande maioria das pessoas ainda não sabe ou sequer aprendeu a comer direito, a ouvir o próprio corpo, a entender sobre seu organismo, que é tão particular. “A intenção foi trazer conhecimento para as pessoas decidirem o que fazer, como pesquisador independente, mostrando para elas diferentes visões e formas de obter saúde, sem ditar dietas, sem colocar dogmas ou rigidez”. O acesso ao material online e gratuito amplia seu acesso e propagação. “Em algumas baterias de teste, encontra-se 75% das pessoas desidratadas. O senado americano já declarou uma vez 99% da população deficiente em algo e por aí vai. Eu tenho muita fé no ser humano, e entendo que as pessoas merecem ter acesso a informação para dar conta do recado. O curso pago chegou a custa R$360, o que é compreensível dados os benefícios, mas, com certeza não é de fácil acesso para a maioria das pessoas. E todas as pessoas merecem saber como se hidratar, nutrir, ter energia, prevenir doenças etc.”
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Com um número cada vez maior de pessoas doentes, seja por problemas como tireóide, pressão alta e diabetes, é preciso criar mecanismos que vão além da farmácia, afinal, remédios não curam, apenas controlam os sintomas destes obstáculos. Fora as situações de emergência ou de alta complexidade, funciona como algo paliativo, que parece resolver, mas que na verdade só dá uma mãozinha. Levar conhecimento adiante parece ser o principal viés num país como o Brasil, onde os índices de educação são baixos e o acesso às informações é bastante limitado. “Eu penso que para melhorar algo no mundo hoje é preciso melhorar a vida de cada pessoa. Eu quero muito fazer muito mais projetos como esse em áreas da qual a população ainda está muito mal assistida.”
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Conhecimento é poder. É ele que dá autonomia para que cada um siga o caminho que achar melhor para si. E comer é também um ato político, que está ligado a uma enorme cadeia de escolhas, desde a forma como o alimento é plantado, criado, colhido, manipulado, etc. O que você coloca à mesa vende em um pacotinho de supermercado? Então está na hora de saber o que está dentro do pacote, qual química que o forma, quem criou essa indústria e como ela se relaciona com o meio ambiente. Essas são apenas algumas questões para refletir na hora de comprar, para expandir a consciência.
Faz cerca de 100 anos que começou o fenômeno do supermercado, da televisão, do marketing e todas essas ferramentas da qual a indústria utiliza. Nesse período também houve o afastamento das pessoas da natureza e a formação de profissões menos ativas fisicamente, ao contrário do que oferece a rotina rural rudimentar, por exemplo. Com esse estilo de vida massacrante, o consumo acelerado, a cobrança no trabalho absurdamente alta, a falta de tempo e etc, os hábitos saudáveis certamente caíram por terra, especialmente para pessoas com menor poder aquisitivo. Questionado sobre como levar uma nova proposta a este público, o coach responde que a primeira coisa é trazer a possibilidade, tornar possível.
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Apesar de saúde e ciência serem duas coisas bem ligadas, são pouco mencionadas. Para ser saudável é preciso entender como o nosso corpo funciona. Yamaçake acredita que o primeiro passo para mudança é a decisão: “Três coisas simples: decidir, sentir e agir. Cada pessoa está num momento muito único de vida, é um passo de cada vez. A iniciativa é um dos maiores problemas, mesmo com pouca informação é sempre possível dar o primeiro passo. Quem não se exercita pode se alongar por 3 minutos por dia, começar a caminhar e assim por diante…Quem tem que perder peso por questão de saúde pode diminuir o consumo de açúcar, frituras e farinhas.”
Fã da chamada comida viva, na qual alimentos sem proteína animal e conservantes são preparados da forma mais in natura possível para não perder suas principais enzimas e benefícios, ele aponta três elementos desta culinária que podem beneficiar a vida de muitas pessoas: o suco verde, as sementes germinadas e os alimentos fermentados, que podem ser feitos em casa.
Os três aparecem na versão gratuita do curso Saúde Radiante, que segundo Yamaçake, é livre de verdades absolutas, dogmas e regras. “ Eu acredito que é importante a gente comer saudável, mas sem radicalismo. Muita comida que a ciência condena é feita com muito amor dentro da família, e acredito que isso também é importante. Com mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, o curso não tem intenção de uniformizar ninguém, e sim de permitir que a pessoa desenvolva a sua própria forma de se alimentar, exercitar e cultivar saúde. Eu quero ver as pessoas acordando da cama como uma criança de 6 anos que pula da cama, administrando as emoções como um adulto maduro e tendo a mente funcionando direitinho”, finalizou. Como já diria Sócrates, “conheça-te a ti mesmo”. Seu corpo é o seu templo.
Todas as fotos: © Mayara Maximilla e Fernands Tres
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