Na Escola Municipal Anísio Spínola Teixeira, em Duque de Caxias – Rio de Janeiro, uma professora resolveu investir em novas práticas para transformar realidades. Dadas as condições precárias do ambiente e até a falta de merenda, a perspectiva dos alunos não estava nada boa. Foi então que Vanessa Guimarães incluiu danças africanas na grade curricular e assim mudou o cotidiano de toda a comunidade para melhor.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Formada em pedagogia, Dança Contemporânea e Direito, a professora notou que 90% dos estudantes de sua sala são negros. Ao notar que os livros escolares não davam a devida importância à história das raízes e cultura africana, Vanessa tratou de reparar isso, até porque os próprios alunos seguiam reproduzindo preconceitos e estereótipos.
- Mulheres explicam o câncer de ovário e lutam pela prevenção precoce da doença
- A história de ‘A Bela e a Fera’ é uma grande metáfora sobre a AIDS
- Casal junto há 37 anos sempre se veste com incríveis looks combinados no Japão
Com influências do educador Paulo Freire, ela aplica mudanças no ensino da instituição há sete anos. Depois de pesquisas, percebeu que além de montar um material próprio que levasse conhecimento sobre suas origens para os alunos, também precisava de uma atividade recreativa e fora da sala de aula, já que nem quadra poliesportiva a escola tinha.
Leia Mais
Então foram incluídos em aulas jogos e dinâmicas corporais como as danças africanas, como o maculelê, o maracatu e os orixás. O objetivo é fazer com que eles se expressem, debatam, opinem, tenham orgulho de sua cor e cultura, tão fundamental na formação do Brasil e até da humanidade. Mesmo diante resistências por parte de alguns estudantes e até mesmo de seus pais, devido ao preconceito com manifestações negras, aos poucos a professora criou laços com a comunidade e a situação foi amenizando.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Danças africanas para combater estereótipos
Combatendo o ódio e a intolerância, desenvolvendo aspectos cognitivos, sócio-afetivos, psicomotores e culturais, a escola só teve a ganhar. Segundo a diretora Patrícia Blanco da Fonseca, os alunos estão mais concentrados, interessados por assuntos globais e com relações interpessoais melhores, inclusive em termos de respeito. Além disso, desenvolveram aptidões, autoestima e confiança.
No ritmo da dança, a turma aprendeu a gostar das saias floridas do Maracatu, dos turbantes e das músicas que muito dizem sobre sua própria identidade. Encontrar um lugar no mundo que amplie nossos horizontes pode ser mais fácil do que a gente imagina. Basta força de vontade!
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
*Com informações do jornal Extra
Fotos: arquivo pessoal/reprodução
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.