A gastronomia é a grande paixão da chef pernambucana Maria da Conceição Melo, de 48 anos. Mas nem sempre foi assim, quando mais jovem ela queria ser recepcionista hospitalar. Achava linda a profissão e até fez um curso.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Anos atrás, cheia de esperanças, Ceiça, como é chamada pelos amigos mais próximos, foi deixar o seu currículo em um hospital do Recife, mas chegando lá, a recrutadora informou que a seleção era para serviços gerais.
Maria já vendia quentinhas nessa época, porém, precisava de uma renda extra para bancar o transporte e outras despesas da filha que havia ganhado uma bolsa de estudos em uma escola particular.
Leia Mais
Ela pedia a Deus para que o trabalho no hospital fosse no período da noite, e assim não ter que parar de vender as Quentinhas da Cheff durante o dia. Suas preces foram ouvidas!
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
No hospital, Maria conheceu uma colega que estudava gastronomia. Ela, então, não pensou duas vezes e foi também fazer o curso para aperfeiçoar suas técnicas na cozinha. Seu negócio cresceu e nunca Maria vendeu tantas quentinhas.
“Às vezes, não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. O retorno financeiro era muito bom”, lembra.
“Praticamente perdi tudo”
Mas do mesmo jeito que a ascensão foi rápida, logo Maria precisaria se reinventar, mais uma vez. Depois que concluiu a faculdade, Maria passou por um período bem difícil na sua vida.
Viu seu faturamento despencar com a queda nas vendas, também não estava mais trabalhando no hospital – as quentinhas eram sua única fonte de renda –, e, no meio disso tudo, se divorciou do pai da sua filha.
“Praticamente perdi tudo. Fui pro zero. Zerei, zerei. Só que eu não sou mulher de desistir, não. Tombo, mas me levanto!”, disse.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Desistir? Jamais!
Ceiça vendeu quentinhas no centro do Recife em cima de uma bicicleta durante quatro meses. Depois, retornou para seu antigo ponto, na avenida principal do bairro onde ela mora.
Após um período morando com uma tia até se estabilizar, pegou sua parte da venda da casa que dividia com o ex-marido e comprou uma casa nova. Foi vendendo quentinhas que Maria pagou as parcelas restantes, pois o valor que tinha não era suficiente para quitar a casa de uma vez só.
“O que eu tiro de tudo isso é que com esperança, trabalho, força, acreditando, a gente consegue”, afirma.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Na casa nova, Maria montou uma pequena cozinha industrial, onde, desde junho do ano passado, prepara as quentinhas que vende pessoalmente, por telefone e pelo aplicativo 99Food, o aplicativo de delivery da 99.
Maria pensava que o app era apenas para os grandes restaurantes
E você acredita que Maria achava que só os grandes restaurantes poderiam usar a plataforma?
“Foi uma amiga quem indicou. Eu ficava meio receosa de me cadastrar. Mas aí ela falou que era fácil e simples. Achava que o aplicativo era só para restaurantes grandes”, conta.
Segundo ela, foi uma das melhores coisas que aconteceu para o seu negócio!
“Eles dão uma visibilidade muito grande. Minha comida já chegou em lugares que eu nunca imaginei que chegariam. Eu fico curiosa, né? Pergunto aos entregadores. Muitas vezes, falam que vão pra um bairro que eu nunca pensei. Os bairros mais nobres de Recife”, diz, surpresa.
“Tem pessoas que ligam porque viram as Quentinhas da Cheff no app. Achava que o aplicativo era só para restaurantes grandes. Mostrou o quanto o meu trabalho é bom como de qualquer outro restaurante”, conclui a chef.
O próximo grande sonho de Maria é fazer uma pós-graduação em cozinha pernambucana, para trazer maior diversidade ao seu cardápio e conquistar ainda mais o paladar de seus clientes.
Só vai, Maria, e se um dia eu passar por essas bandas, quero provar o menu completo! ?
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.