
19 de abril é o Dia do Índio, data comemorada no Brasil e em outros países do continente americano, também conhecido como Dia dos Povos Indígenas. E você pode se perguntar: por que 19 de abril?
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Foi o dia em que delegados indígenas, representantes de diferentes etnias de países como o Chile e o México se reuniram, em 1940, no Primeiro Congresso Indigenista Interamericano.
No encontro, foram discutidas várias pautas sobre a situação dos povos indígenas após séculos de colonização e exploração dos povos originários pelos colonizadores europeus. Em suma, serviu como uma agenda para políticas públicas – políticas de reparação histórica, se preferir – em favor desses povos.
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Já no ano seguinte, países do continente, como o Brasil, então governado por Getúlio Vargas, instituíram o 19 de abril como um dia para homenagear os povos nativos.
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Para celebrar a data, nada melhor do que relembrar histórias de indígenas que conquistaram espaços fora de suas comunidades e aqueles que mantêm suas tradições vivas para as futuras gerações.
#1 Show em redação do Enem
Com 940 pontos, a jovem indígena Ana Beatriz Rosa Lima, de 18 anos, quase “fechou” a redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ela foi destaque entre os milhares de estudantes da rede estadual de ensino no Sergipe que prestaram a prova.
Seu sonho é cursar Odontologia e, depois, voltar para sua comunidade, na Ilha de São Pedro, para atender a todos. “Quando eu me formar, meu sonho é retornar, pois sei que aqui há esse espaço para trabalhar. Quero ser dentista aqui e ajudar a minha comunidade“, afirmou.
#2 Primeira médica de aldeia
Da etnia Te’yikue, na cidade de Caarapó (MS), a jovem médica Dara Ramires Lemes fez o caminho que Ana Beatriz pretende fazer. Sem esquecer de suas raízes, a Dra. Dara, de 25 anos, atende seus pacientes na língua nativa, o guarani.
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“Percebo que as pessoas se sentem mais à vontade falando a língua nativa. Todos eles, assim como eu, também falam português. Porém, é um conforto saber que estamos dialogando na mesma identidade cultural.”
#3 Jovem leva mãe para receber o diploma
No dia de sua formatura na faculdade, um jovem indígena do Peru fez questão de ir de mãos dadas com sua mãe receber o tão sonhado diploma. Pessoas do mundo inteiro ficaram encantadas com a cena.
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Ele ainda fez um discurso poderoso:
Quando não tinha a quem recorrer, sabia que podia contar com você.
Quando todas as estradas estavam fechadas, sua porta era a única sempre aberta.
Você é a única que sempre esteve ao meu lado, não importa o que acontecesse. Não há palavras para agradecer por tudo que você fez por mim. E quando tudo ficou difícil, você estava ao meu lado me dizendo que tudo ficaria bem.
Obrigado mãe por tudo que você fez e por tudo que você seria capaz de fazer se eu lhe pedisse. Sem você eu não seria quem sou hoje. Eu devo tudo isso a você.
#4 Preservando tradições
Percebendo que muitas crianças da Aldeia Babaçu, em Miranda (MS), não estavam mais valorizando a própria cultura, devido à forte exposição a hábitos, costumes e influências externas, a professora indígena Marlene Rodrigues desenvolve o projeto Sons da Aldeia.
Por meio de oficinas de dança, artesanato e música, oferecidas às crianças no período extraclasse, na escola municipal José Balbino, a professora ajuda a preservar a cultura terena, já que são as crianças as responsáveis por levar adiante o legado deixado por seus ancestrais.
“A gente veio perdendo nossa cultura, de, inclusive, não ser tratado como indígena fora da aldeia. Com os aprendizados, as crianças crescem preservando a nossa cultura”, diz uma das artesãs do projeto.
#5 Empreendedora
Luakam é da etnia anambé e, hoje, tem sua própria marca de bonecas, Anaty, que conta com três exemplares de três etnias diferentes. Tem um propósito que em muito se parece com o do projeto Sons da Aldeia, da professora Marlene.
Com uma história de vida sofrida, permeada por circunstâncias que contribuíram para que Luakam não chegasse aonde ela chegou, a empreendedora quer iniciar um projeto para ajudar jovens paraenses.
“Na minha cidade, em Viseu, ainda existe muitas mães novinhas que são mãe solo, que foram espancadas pelo marido, que não têm expectativa de vida ou renda”, conta.
#6 Uma das 100 pessoas mais influentes do mundo
Mulheres indígenas têm o poder! A líder indígena equatoriana Nemonte Nenquimo foi listada como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2020, por conta da sua luta em defesa da Amazônia.
Foi, inclusive, elogiada pelo ator Leonardo DiCaprio:
Nemonte está vivendo sua batalha e conversar com ela significa testemunhar uma rara clareza de propósito. Lembro-me de uma vez que ela me disse que não iria desistir. Que continuaria a lutar. Que continuaria a defender a floresta que ama das indústrias e companhias de petróleo que a devorariam. Ela manteve sua palavra e continua a ser a voz e defensora de sua comunidade. A causa de Nemonte é a nossa causa. Tive a sorte de tê-la conhecido e ainda mais feliz por ter aprendido com ela.
#7 Professora transexual de educação infantil
Deltino Uketê também é pioneira. Da etnia Javaé, após superar o preconceito, ela se tornou a primeira professora transexual de educação infantil na aldeia Txuode, na Ilha do Bananal, em Lagoa da Confusão (TO).
Para ela, manter viva a tradição que é passada de geração em geração através da linguagem é fundamental. “É muito importante as crianças entenderem e saber valorizar a sua linguagem materna. Eu ensino porque alguns povos já esqueceram suas linguagens ou seus costumes e minha função é ajudar o meu povo.”
Demais, não é mesmo?!
Com informações do Brasil Escola
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