O projeto é audacioso, mas caso dê certo vai representar um avanço gigantesco na sustentabilidade e no uso de energia renovável do planeta. A Dinamarca está planejando construir uma ilha de produção de energia eólica no Mar do Norte que poderá atender vários países da Europa.
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A ilha artificial deve ser construída no alto mar e terá capacidade, inicialmente, para a produção de 3 gigawatts (GW) com 200 aerogeradores. No futuro, a pretensão é ampliar a produção para 10 GW, o que seria suficiente para abastecer 10 milhões de residências na Europa. O impacto positivo para o meio ambiente é estrondoso!
“O centro de energia no Mar do Norte será o maior projeto de construção da história da Dinamarca. Será uma grande contribuição para a concretização do enorme potencial da energia eólica offshore europeia e estou entusiasmado com a nossa futura colaboração com outros países europeus“, disse o ministro dinamarquês do clima e energia, Dan Jørgensen.
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A construção da ilha deve custar quase R$ 200 bilhões e será executada por meio de uma parceria público-privada. A Dinamarca pretende, até 2050, encerrar a extração de petróleo e gás do Mar do Norte. O país é um dos precursores desse modelo de geração de energia, tendo instalado há trinta anos seu primeiro parque de energia eólica numa ilha natural. Hoje, é responsável por 7% da energia eólica offshore da Europa.
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Como funcionam as ilhas de energia eólica offshore
Elas já existem em vários países e parecem ser o futuro da obtenção de energia. São estruturas montadas no meio do mar, onde os ventos são mais fortes. Com isso, a geração de energia é o dobro quando comparada com a de energia eólica terrestre.
“A velocidade do ar não é apenas maior, mas também mais constante, devido à inexistência de barreiras”, explicou o especialista Paulo Aquino. Os ventos fazem mover as hélices, que produzem energia cinética para os aerogeradores e esses a transformam em eletricidade. Depois, a eletricidade é conduzida por cabos submarinos até a costa marítima e das subestações a energia é enviada às casas.
Outra vantagem desses parques é que, como eles se situam no mar aberto, a geração de ruído e a poluição visual causam pouco incômodo e impacto na vida urbana. Inovações técnicas também têm sido desenvolvidas para que estes espaços afetem o mínimo possível na vida animal marítima.
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Vale ressaltar que o consumo de combustíveis fósseis para estes parques também é infinitamente menor do que nos modelos convencionais, como as hidroelétricas. Associado a isso, tem o fato de que o transporte de cargas de grandes estruturas para o parque tecnológico fica facilitado no mar.
Brasil também pode se tornar referência mundial em energia eólica offshore
No país onde ‘o vento faz a curva’, o potencial para a geração desse tipo de energia renovável é enorme. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica, nós temos capacidade para produzir até 700 GW, mais de 30 vezes a capacidade gerada atualmente nesta modalidade em todo o mundo, que é de 23 GW.
Com a extensão do país, aquelas praias maravilhosas do Nordeste, com ventos fortíssimos vindos do Oceano Atlântico, são capazes de produzir energia que não acaba mais.
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Hoje o Brasil conta com 624 parques instalados onshore, em solo terrestre, com capacidade de produzir 15,6 GW, o que proporciona uma redução na geração de gás carbônico de 28 milhões de toneladas a menos de poluentes na atmosfera.
Nosso país é o oitavo no mundo em capacidade instalada de geração de energia eólica e já produz o suficiente para levar eletricidade para quase metade da população brasileira.
Já existem projetos em licenciamento para construção de parques offshore no Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Juntos, terão capacidade de mais de 10 GW.
Se toda a capacidade brasileira for explorada, nós vamos é exportar energia. Simbora estocar o vento! ?
Por falar em sustentabilidade, vamos ajudar um vendedor de frutas que criou uma ecobarreira para proteger um rio aqui no Brasil da poluição? Criamos uma vaquinha na VOAA. Clique e contribua!
Fontes: Época Negócios / EPBR / Wilson Sons
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