“O esporte tem o poder de fazer com que as pessoas voltem a gostar de viver”, foram as palavras do educador físico Atalício do Amarante, que viu no tênis uma oportunidade de resgatar o sorriso no rosto de pessoas com deficiência. Há 10 anos na profissão, sempre teve identificação com esse público.
Depois de trabalhar em APAEs, com idosos, deficientes visuais e auditivos, se tornou empreendedor em uma academia de musculação, onde continuou a atuar com Pessoas com Deficiência (PCDs).
Hoje, atende cinco desses alunos e com o apoio de instituições que acreditaram no seu projeto, deu início a um novo trabalho: o tênis solidário, que será desenvolvido em Abelardo Luz, uma pequena cidade no Oeste catarinense.
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Atalício conta que conheceu a modalidade por influência da esposa. “Eu jogava futebol profissionalmente e quando parei acabei me encantando pelo tênis. Comecei a disputar torneios amadores e,vendo minha empolgação, meus alunos começaram a demonstrar grande curiosidade e interesse pelo esporte. Foi aí que pensei: por que não?”, lembra.
Perguntou para os aprendizes se eles não tinham vontade de arriscar em um exercício diferente e eles adoraram a ideia. “O tempo passou e a ela ficou um pouco adormecida, mas quando um deles me chamou e perguntou ‘e aí, professor! Quando é que vamos no clube bater uma bolinha?’, me senti tocado, comovido e resolvi reascender este sonho”, relata.
Inspiração
Um tenista que o educador físico tem grande admiração é o atleta paraolímpico, natural de Santa Catarina, Ymanitu Silva. “Sempre segui ele nas redes sociais e, sem dúvidas, é uma inspiração não só pra mim, como para os meus alunos e todos que são apaixonados pelo esporte”, conta.
Como os equipamentos e acessórios para a modalidade não são tão acessíveis, para viabilizar o projeto, Atalício foi em busca de subsídios e a primeira pessoa com quem entrou em contato foi com Ymanitu. “Eu estava em busca de cadeiras de rodas adaptadas e perguntei a ele como eu podia obter esse auxílio. Imediatamente recebi uma resposta e de forma muito solícita ele me colocou em contato com a Federação Catarinense de Tênis (FCT)”, explica.
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Em pouco mais de uma semana, o sonho começou a se tornar realidade. A gerente da FCT, Andreia Schülter Buss, foi uma das responsáveis por essa ajuda. “Fiquei muito comovida com a história e lembrei que tínhamos duas cadeiras de rodas que poderiam ser de grande utilidade pra ele. Montamos os equipamentos, fizemos a manutenção e as enviamos para o Oeste”, diz.
Com as cadeiras em mãos, o Clube Real Abelardo Luz também apoiou a iniciativa e disponibilizou gratuitamente a quadra de tênis para a realização do trabalho. “Vamos iniciar com cinco pessoas, mas a intenção é ampliar o projeto. Só tenho a agradecer aos que acreditaram em mim e nos deram essa oportunidade de trazer mais esperança, atividade física e vida para essas crianças”, diz.
As aulas serão realizadas em dois dias da semana, de forma voluntária. “A gente não consegue mudar o mundo sozinho, mas se fizermos algo ao nosso redor e que está ao nosso alcance, tenho certeza de que podemos ser a diferença na vida de muitas pessoas”, finaliza o educador físico.
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