Empatia engaja empresas de mobilidade e tecnologia no voluntariado

0
1648
funcionários empresa alunos projeto educação ação voluntariado

Há 34 anos, no dia 28 de agosto, foi instituída no Brasil a Lei 7.352/1985, em que é comemorado o Dia Nacional do Voluntariado (DNV). Atualmente, a sustentabilidade tem sido o foco de muitas empresas para desenvolverem ações voluntárias e o Razões conversou com duas delas, que promovem projetos sociais que chegam a atrair até novos funcionários.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

É o caso da Cabify, que vai além da mobilidade urbana. Para quem não sabe, ela é uma companhia signatária do Pacto Global da ONU, onde usuários são conectados às empresas por meio de soluções de transporte que se preocupam em garantir um melhor atendimento e segurança à população por meio da tecnologia. Segundo a empresa, o principal objetivo é “transformar as cidades em um melhor lugar para viver”.

Cabify SOUL

No entanto, a empresa queria fazer ainda mais pelas pessoas de seu entorno, surgindo assim o programa Cabify SOUL.

Sobre isso, a companhia ainda pensou em um nome que fosse inspirador ao projeto e que significa:

Ser humano, ter empatia e trabalhar para mudar a vida das pessoas e das cidades;

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Oportunidade de envolver-se em causas maiores e participar da mudança;

União, provando o ditado que diz “juntos somos mais fortes!”;

Legitimidade, vinda de um sentimento único e real de transformar.

Wilson Lopes, Pride and Talent (RH) da empresa é o colaborador responsável por tocar o programa de voluntariado. “O SOUL surgiu oficialmente em janeiro deste ano, mas já vínhamos realizando ações em 2018 (com doação de agasalhos em julho/doação de sangue em outubro), ensaiando o que seria o projeto oficial.”

homem visitando idosa asilo ação voluntariado
Wilson Lopes, responsável pelo Cabify SOUL. Foto: Divulgação

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Para ele, os colaboradores que participam das ações voluntárias não são vistos com a intenção de medir seu rendimento logo após atuarem em um projeto, pelo contrário.

“É muito mais importante avaliar os sentimentos de pertencimento e orgulho gerados do que a performance em si. Pensando nisso, é notável que os colaboradores engajados em ações de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) na Cabify se tornam verdadeiros embaixadores da marca, fidelizados aos nossos valores justamente por encontrar nestes os seus próprios.”

Voluntária do projeto

Manoela Falcão, além de ser executiva de customer success B2B, também é uma voluntária engajada do programa Cabify SOUL. Ela está há dois anos na companhia e afirma que seu pensamento e da companhia se completam.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

“Algo que é muito importante pra mim, é trabalhar em uma empresa que tenha valores semelhantes aos meus, caso contrário, após alguns meses, a tendência é ficarmos desanimados e o dia-a-dia na empresa deixa de ter sentido.”

Entre as ações em que participou, ela destaca a ida a um asilo, em março deste ano, que a impactou muito.

“Nós fomos ao asilo doar carinho e o nosso tempo. As idosas se emocionaram e foi incrível porque era possível sentir como elas receberam a nossa ação! Foi muito especial”.

Manoela deseja que os projetos continuem acontecendo para que tenha mais entrega de amor a quem mais precisa.

joven visitando idosa asilo ação voluntariado
Manoela Falcão e Rebecca Dutra, em ação do Cabify SOUL. Foto: Divulgação

Matera

Pensamento semelhante é compartilhado pela empresa Matera, que é especializada em desenvolvimento de tecnologia para o mercado financeiro, varejista e gestão de riscos.

Há cinco anos, a companhia criou o Comitê de Responsabilidade Social para promover ações voluntárias entre seus colaboradores da sede de Campinas, no interior de São Paulo.

A empresa se inspirou no próprio Dia Nacional do Voluntariado para potencializar ainda mais este tipo de ação junto a seus profissionais. Com isso, as unidades de Maringá, São Paulo e Niterói também foram envolvidas nos projetos, afirma a gerente de Sustentabilidade, Denise P. Castilho.

Ela conta que é realizada uma gincana em que os colaboradores se divertem para depois repassar toda esta energia positiva às instituições que visitam.

“O mais importante de tudo isso é passar para nossos profissionais que juntos podemos mais, ou seja, que o trabalho do voluntário é muito importante para que possamos realizar as ações tanto do lado da filantropia quanto da sustentabilidade.”

Projetos de voluntariado

A empresa trabalha com três frentes de voluntariado que caminham juntos:

O Educa + é um projeto anual, em que são ministradas aulas de informática e inglês para crianças de 4 a 5 anos, em uma creche de Campinas, uma vez por semana, e na unidade de Maringá, aula de inglês uma vez por semana.

Já o Matera Inclusiva acontece uma vez por ano durante um período de cinco meses. Denise explica que o projeto desenvolve jovens com deficiência intelectual e síndrome de down para o mercado de trabalho.

“Durante o primeiro semestre, desenhamos o treinamento de acordo com o perfil do jovem, realizamos entrevistas, sempre em parceria com a Fundação Síndrome de Down, e a partir do segundo semestre o recebemos e treinamos em todas as áreas da Matera, sempre com o apoio de tutores”, afirma a gerente.

Por fim, o Adoção Afetiva une várias ações, palestras motivacionais e workshops. O conteúdo é passado pelos profissionais da Matera aos professores, coordenadores e diretores de escolas estaduais. Também é desenvolvido um trabalho de teatro educativo aos alunos. A gerente conta que essas atividades acontecem durante todo ano letivo, “em conjunto com a escola adotada, que após muitas visitas e reuniões a escolhida pela Matera foi a E.E. Horta Lisboa”, situada em Campinas.

Empatia engaja empresas de mobilidade e tecnologia no voluntariado 1
Projeto Educa + incentiva a leitura de crianças. Foto: Divulgação

Colaboradora da Matera

É por meio da sede de conhecimento que a analista de Marketing da Matera, Andressa Cardoso dá a sua contribuição ao próximo. Ela é uma das professoras de inglês da creche Lar Ternura, em Campinas.

Além disso, ela é a tutora do programa Matera Inclusiva, em que explica, ensina e inclui o marketing na vida do jovem que participa do projeto, pois essa ação pode ajudá-lo em seu “direcionamento profissional”, avalia.

Para Andressa, poder participar dessas ações de voluntariado a transformou em uma pessoa mais solidária e preocupada com o próximo. E isso não apenas no âmbito profissional, mas também no pessoal.

“Em poucas palavras, aprendi que um mundo melhor é feito por cada um e que um gesto por mais simples que seja pode mudar o dia de uma pessoa”, finaliza a analista.

Mudança Cultural

Para o diretor executivo da empresa, Andre Guimarães, o sucesso das ações de voluntariado da Matera é uma forma de contribuição às comunidades de seu entorno. Porém, ele ressalta que estes projetos tem que motivar seus colaboradores, pois eles são os responsáveis por conduzir as ações, apoiados pela empresa. “Somente assim conseguimos promover a mudança cultural”, afirma.

Guimarães conta que a satisfação e orgulho dos profissionais que participam dos projetos são notórios a ponto de contagiarem os demais, criando assim a cultura da sustentabilidade.

“Isso já gerou um diferencial da empresa com relação ao mercado, temos vários casos de colaboradores que foram atraídos para trabalhar aqui pelas ações de sustentabilidade que desenvolvemos”, finaliza.

Tanto no caso da Cabify como da Matera, é possível notar que o querer ajudar o próximo é um pilar da cultura organizacional dessas empresas, que agrega valores aos colaboradores e impacta positivamente a sociedade.

 

Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.