A Escola Vila Verde não tem muros nem grades. O aprendizado é por projetos, e os estudantes escolhem o que estudar, em contato com a natureza e para sua felicidade.
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No meio do cerrado, em Alto Paraíso, Goiás, a escola, particular e filantrópica, foi criada em 2010 por um grupo de pais preocupados com a qualidade do ensino na cidade de apenas 7 mil habitantes.
Bem ao lado do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com uma área de 46 hectares, sua missão é “educar para a felicidade e educar para a cultura da paz”.
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Desde 2014, a Escola Vila Verde é mantida e gerida pelo Instituto Caminho do Meio, braço social do Centro de Estudos Budistas Bodisatva (CEBB), informou o site PorVir.
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Segundo o diretor Fernando Leão, o aprendizado por projetos é inspirado nos estudos do filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey, que desenvolveu o movimento da escola progressista nos Estados Unidos no final do século 19, valorizando a relação entre a escola e o resto da sociedade e a relação da criança com o currículo escolar.
Hoje, a escola tem 70 alunos, de 4 a 15 anos, com turmas desde o ensino infantil até o último do fundamental. As turmas têm no máximo 16 crianças ou adolescentes e são divididas entre alunos de duas séries, que estudam juntos.
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Eles ainda participam de oficinas ou os chamados Grupos de Estudo por Interesse (GEI), como culinária, desenho, pintura, trabalhos com o corpo, aromaterapia, massagem e meditação. As oficinas são oferecidas pelos professores, pelos pais dos estudantes e até pelos próprios estudantes.
Os projetos são bimestrais e a quantidade varia de acordo com a série. Eles são conduzidos a partir do tema, objetivo, da razão para desenvolvê-lo e de sua função social.
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“A gente conversa com eles de não haver o estudar por estudar, o conteúdo morto. Na escolha tem que pensar no objetivo, como elaborar, como contribuir para o meio social, para a comunidade ao redor, de que forma vai usar. Fazer questionamentos para construir as ideias”, explica a professora Daniela de Campos Razuk.
Então, os estudantes e professores organizam o tempo, as tarefas e as pesquisas que serão realizadas. A cada aula, os educadores orientam os alunos sobre o que precisam fazer e como cumprir o planejamento. No final do bimestre, os estudantes apresentam os produtos finais.
“É legal. Já me acostumei bastante com o jeito dos projetos. Gosto bastante. Tem possibilidade de escolher o que quer trabalhar, diferente de escola tradicional, porque você pode opinar sobre o que vai fazer, como vai fazer”, conta a estudante Laís Rodrigues Gojvscek, do 8º ano do ensino fundamental.
A questão ambiental é trabalhada a partir dos estudos do físico e escritor austríaco Fritjof Capra, que desenvolveu e promove a educação ecológica. Acompanhados dos professores, os alunos exploram as áreas ao redor da escola, fazem passeios, visitam cachoeiras e piscinas naturais. Depois, eles voltam para a escola e estudam e analisam o que observaram.
“A escola olha o meio ambiente da forma mais ampla possível, desde coisas clássicas, como horta pedagógica, aula de cultivo, mas também conscientização”, explica o diretor Fernando.
Já o estímulo ao autoconhecimento, para que os estudantes aprendam a lidar com suas emoções, e encontrar a felicidade, é influenciado pelos ensinamentos do guru budista Lama Padma Samten, que segue a linha do budismo, apesar da escola não ser budista.
O trabalho é orientado por cinco ensinamentos, que falam da importância do desenvolvimento de boas relações entre as pessoas: empatia, oferecer, estruturar, parar ações negativas e ser livre.
Assista ao vídeo e fique com a vontade de voltar a ser criança para estudar na Escola Vila Verde:
crédito das fotos: Escola Vila Verde/Facebook/Reprodução
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