Escolas públicas de Nova York acolhem imigrantes, mesmo em situação ilegal

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adora polemizar e destilar todo o seu preconceito em medidas do governo, principalmente contra imigrantes.

Embora a situação seja preocupante, uma parcela da população abre uma porta de esperança e solidariedade. Em carta enviada aos pais por meio do Departamento de Educação, as escolas públicas de Nova York avisam que vão continuar acolhendo imigrantes, mesmo em situação ilegal, na luta contra o decreto da presidência que quer expulsar os mesmos do país.

O documento, escrito em vários idiomas como espanhol, russo, árabe e mandarim, afirma que não permitirá o acesso a dados ou a entrada de agentes de imigração dentro do ambiente escolar. “Se você ou sua família chegaram há cem anos ou há cem dias —vocês são nova-iorquinos— e nós estamos com vocês“, informa a carta, num ato de generosidade em meio ao medo que domina boa parcela do Estados Unidos, país formado por imigrantes ao longo de toda a sua existência. Nova York é formada por diversidade, tem a maior rede de ensino do país, onde 40% dos alunos são de origem hispânica.

Muitos pais têm procurado as instituições de ensino em busca de ajuda e informação sobre o tema. A carta também continha um anexo com perguntas e respostas sobre a imigração no país, como há também no site do Departamento de Educação. Algumas delas, como a P.S. 145, no Upper West Side, estão organizando workshops para que todos consigam lidar com a situação e saibam seus direitos.

O prefeito da cidade, Bill de Blasio, sempre se revelou como opositor do governo atual e já afirmou que vai continuar a proteger os cerca de meio milhão de imigrantes ilegais que vivem em Nova York. Entre os decretos, por enquanto Trump conseguiu implementar o veto de acesso de sete países por 90 dias, entre eles, de refugiados sírios. Ainda assim, a medida nova iorquina é um símbolo de resistência. A educação é a base de tudo.

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Fotos via NYC Schools

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