Foram 12 anos de luta até o escritor e imigrante guineense Eliseu Banori finalmente conseguir uma oportunidade de trabalho em sua área de atuação, no Rio de Janeiro (RJ).
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Eliseu vai trabalhar na assessoria de Práticas Antirracistas da Secretaria Municipal de Cultura da capital fluminense. Ele conseguiu a vaga ao lado da educadora Sinara Rúbia, que também é escritora e ativista do movimento negro.
Há uma semana, a luta de Eliseu repercutiu bastante nas redes sociais: mesmo sendo professor de língua portuguesa com mestrado na UFRJ – uma das mais prestigiadas instituições de ensino superior do Brasil!, – e 7 livros publicados, ele não conseguia um emprego na área.
Sem opções, ele sustentava a família trabalhando como auxiliar de serviços gerais em um condomínio do Leblon.
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Após uma reportagem do RJ2, da TV Globo, Eliseu recebeu diversas ofertas de emprego e foi convidado a fazer palestras em escolas da cidade.
“Trabalhar em uma coisa que você gosta e sente prazer é a melhor coisa da vida”, comemora. “O ensino e a aprendizagem não são só na sala de aula. Qualquer lugar que um professor estiver, ele tem essa possibilidade de ensinar. Ao mesmo tempo também aprender. Eu trago comigo vários conhecimentos que posso dar às pessoas que precisam”, afirmou o escritor.
Para Sinara Rúbia, coordenadora da secretaria de cultura, Eliseu chegou em um momento importante da atuação do órgão.
“É um momento que muita coisa vai acontecer. A gente tem o Paixão de Ler, que justamente o tema é literatura negra infanto-juvenil. A gente tem o mês da consciência negra, onde a gente vai fomentar uma série de atividades que vai acontecer pela cidade. Ele chega aqui e soma muito nesse processo”, disse.
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De acordo com Sinara, além do trabalho dentro da secretaria, Eliseu vai a campo, conversar com os gestores de bibliotecas, lonas e arenas culturais, com objetivo de divulgar práticas, políticas e ações contra o racismo.
Mais do que a história de vida inspiradora, Eliseu faz parte do órgão de cultura por sua capacidade, carregada de conhecimento acadêmico.
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“Uma presença com origem fora do nosso país, mas com formação em língua portuguesa. Eu tenho plena convicção e confiança de que ele fara a diferença na nossa gestão, vai contribuir com o desenvolvimento de muita coisa importante”, afirmou o secretário Marcus Faustini.
Dias antes da admissão, Eliseu estava considerando retornar ao seu país de origem, a Guiné-Bissau, no oeste africano, devido à situação financeira difícil. Felizmente, ele permanecerá no Brasil com sua família. ?
Junto à Stone, viajamos o Brasil para mostrar negócios que muita gente acha que não daria certo na nossa terrinha – e dão! Veja o 1º EP da websérie E se fosse no Brasil?
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Fonte: Racismo Ambiental
Fotos: Reprodução / RJ2
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