Após post viralizar, estudante de jornalismo que é caixa de supermercado consegue estágio

“Ainda não consegui minha tão esperada oportunidade no jornalismo, mas enquanto ela não chega, todos os dias faço minha contribuição, trabalhando como caixa de supermercado, serviço essencial que não parou nessa pandemia”.
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Foi com esse texto que Jonathan Sousa, 22 anos, expôs o grande sonho da sua vida e, ao mesmo tempo, a satisfação em poder trabalhar ajudando as pessoas nesse período de pandemia e isolamento social.
“Continuo na luta alimentando o sonho de um dia ser um grande jornalista“, dizia na postagem no LinkedIn.
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O post rendeu milhares de curtidas e comentários e resultou na tão sonhada vaga para trabalhar na área. Jonathan ganhou um estágio numa agência de publicidade, a SupremeAg.
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“Fiquei três anos e meio procurando uma oportunidade e nada, e agora depois de tudo isso, eles me convidaram para fazer parte da agência. Disseram que vão me ensinar, que eu vou aprender, que é uma chance de eu conseguir fazer minha carreira“, relatou.
A repercussão foi tanta que o operador de caixa de supermercado já fez contato com chefes de reportagem de grandes veículos da imprensa, emissoras de TV e por aí vai…
“Quando eu postei a foto em alguns grupos, umas pessoas ficaram até me zoando, dando risada e tal. E aí decidi postar no LinkedIn, contar a minha história, vai repercutir e pensei: vou conseguir a minha vaga, e foi o que aconteceu”, disse.
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Jonathan trabalha como caixa de supermercado para ajudar a família de sete pessoas
Jonathan é um rapaz simples do bairro Paraisópolis (SP), estudou em escola pública e mora em um pequeno apartamento alugado de um programa habitacional do governo, onde mora com os pais, quatro irmãos e uma sobrinha de quatro meses.
Ele e o pai são as pessoas da casa que trabalham para ajudar a manter a família. “A soma das rendas é geralmente para as contas“, revela.
O garoto precisa sair cedo de casa para trabalhar, pega transporte público e à noite faz faculdade de jornalismo na Uninove. Sua história é parecida com a de um estudante, também da periferia de São Paulo, convidado para estudar medicina em Harvard.
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Quase não sobra tempo para estudar, mas ele nunca deixou de acreditar. “Eu já estava no sétimo semestre da universidade e não conseguia uma vaga”, explicou.
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Paixão pelo jornalismo vem do rádio porque família nunca teve TV em casa
A grande beleza da história vem agora. Jonathan é apaixonado pelo jornalismo porque nunca teve TV em casa e o rádio despertou o fascínio no garoto pelos jornalistas.
“A figura do jornalista, do repórter, do narrador sempre me encantou e aí quando eu fui decidir um curso eu decidi por jornalismo porque era onde eu queria trabalhar um dia”, disse.
Jonathan também decidiu seguir a carreira pelo papel social do jornalismo.
“O jornalismo tem um papel social de representar, de fiscalizar os poderes e de fiscalizar as ações do sistema em relação às pessoas que são menos favorecidas, às pessoas que são negras como eu, que sofrem preconceito. O jornalismo tem essa função e é o que me motiva”, avaliou.
Agora, é só começar o estágio na agência, que fica em São Caetano, no ABC Paulista. “Minhas expectativas pro futuro são muito boas. Espero conseguir aprender muita coisa”, finalizou.
E com certeza você vai, Jonathan!
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