O relato de gratidão de uma mulher que foi consolada de maneira simples e singela por uma jovem estudante cativou as redes sociais recentemente.
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Agradecida, ela decidiu contar sua experiência e inspirar outras pessoas a também fazerem o mesmo, em uma corrente do bem.
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Confira o relato
“No auge dos meus 45 anos de idade, casada, com dois filhos já adultos, uma mulher vivida, segura de si, tendo muito que ensinar. Até que… Um dia, não digo belo, pois pelo momento que eu estava passando, nada ficava belo.
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Bem, há 4 meses atrás, fui obrigada mais uma vez viajar para São Paulo onde reside parte de minha família, composta por minha mãe e naquela ocasião, duas irmãs.
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Então, entrei no ônibus e me dirigi ao meu assento, diferente das outras viagens, onde normalmente me sentava ao lado da janela e sempre sozinha, neste dia tive que me contentar com assento do corredor e ter companhia, nenhum problema com a companhia, só não me sinto bem viajando no corredor.
Ao meu lado, estava sentada uma mocinha de traços orientais, com seu rostinho meigo, de quase criança, diga -se de passagem, muito bonito. Sem imaginar que aquele rostinho tinha muito que me mostrar.
Pedi licença, e me sentei.
A viagem iniciou, e ali, permaneci por alguns minutos em silêncio, entretida com meu celular que naquela ocasião me obrigava, e ela, com seu livro, que não sei o título até hoje, pois não prestei atenção.
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De repente, a menina abre um salgadinho, e chama minha atenção, mesmo eu estando com o olhar fixado no celular, e os dedos ágeis, digitando no “zap”, me ofereceu o seu lanche, aquela menina, além de meiga e bonita, ainda era muito educada, de certo, uma educação oriunda dos ensinamentos de seus ancestrais. Do qual temos muito para aprender.
Agradeci sua gentileza, e continuei a digitar, e a ficar em silêncio. Porém, este silêncio, foi cessado pelas minhas lágrimas, que não se intimidaram em cair. Para não incomoda -lá, e também por um momento mais reservado meu. Olhei para o lado, e vi dois assentos vagos, não hesitei em me mudar. Peguei minhas coisas, e fui me sentar no assento ao lado. Fiquei ao lado da janela, para que ninguém me visse chorando, tentei controlar minha emoção, e abafar o som, mas foi em vão, a emoção tomava conta do meu ser.
Afinal, qual era o motivo de tanta emoção? Vou lhes contar melhor: Minha irmã, falava comigo sobre a saúde da minha outra irmã que se encontrava internada e que o prognóstico dos médicos que acabavam de passar no quarto, era muito ruim, e que ela estava com horas contadas ou talvez dias, mas não passava daquela semana.
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Como não desabar em uma hora desta? Em meio a meu choro, onde eu achava que ninguém me escutaria, tomei um susto, literalmente.
Levantei minha cabeça, e do meu lado, em pé, com um copo de água na mão, estava aquela menina de traços orientais e seu rosto angelical. Sem me perguntar uma palavra do que havia acontecido, me ofereceu um copo com água.
Eu, sem reação, não me atrevi em recusar, seria uma afronta, diante de tanta gentileza e preocupação para comigo. Só me preocupei em saber se aquele copo era o seu único, afinal, não queria que ela ficasse com sede o resto da viagem, que ainda era longa. A jovem me tranquilizou dizendo que tinha outro, e voltou ao seu lugar em silêncio, me deixando ali ‘sozinha’ como se soubesse que naquela água, estava o remédio que eu precisaria para me acalmar.
Alguns minutos depois de tomar aquela água, quase que de imediato, o meu coração se acalmou e minhas lágrimas cessaram. Recomposta, voltei para o acento, que Deus tinha reservado pra mim, ao lado daquela, que me faria vivenciar, dois dos mais importante do ensinamentos do mestre Jesus: “O amor ao próximo” e “fazer o bem, sem olhar a quem”.
Naquele momento, aquela mulher segura, vivida, e que tinha muito a ensinar, não existia mais, ela deu lugar a mulher que tinha muito a aprender. E estava ali sentada ao lado de uma menina, que poderia ser minha filha, aliás, ela é mais nova que minha filha, mas tinha muito a falar. Sei disso, porque, ao contrário da outra leitora, eu tive a oportunidade de conversar com meu anjo. Depois de me desculpar pela minha falta de educação, pois sai de seu lado sem ao menos lhe dizer o porquê.
Iniciamos uma conversa, falei sucintamente sobre o que me afligia, e ela ainda uma menina sem saber o que falar diante o meu relato, permaneceu em silêncio, mas pra ela não era necessário palavras, o seu olhar e suas mãos que afagava as minhas, foi o suficiente. As vezes o silêncio e o gesto vale mais que mil sabias e bonitas palavras.
E assim, continuamos conversando e falando de várias coisas, ela me falou um pouquinho de sua vida de estudante na USP em São Carlos, etc. Até ficamos amigas nas redes sociais (rs), e assim, ela foi me acalmando e fui criando forças, para enfrentar o que estava por vir. Chegando no destino, nos despedimos com um abraço e agradeci pelo seu gesto tão generoso.
Confesso que não nos conversamos mais, uma falha minha, que preciso reparar e por isso quis fazer este texto, pois senti que além do meu agradecimento pessoalmente, poderia fazer mais. Não cito seu nome, pois não pedi sua permissão. Mas ela irá saber pelas redes sociais. Para terminar meu relato….
Deixo aqui a minha profunda gratidão pelo gesto de abaixar e balançar a cabeça várias vezes, gesto esse, que os japoneses fazem em sinal de humildade e agradecimento a uma pessoa. Como sei disso? Deus foi tão bom, que escolheu justo uma menina de origem japonesa para ser meu anjo, pois sabe, o quanto amo esses olhinhos puxados e a sua cultura. Que Deus abençoe você e sua família meu querido anjo! Moral da história para nossa reflexão do dia.
‘Ninguém é tão sábio que não tenha algo pra aprender e nem tão tolo que não tenha algo pra ensinar’ – Vincent Van Gogh.”
Você conhece o VOAA? VOAA significa vaquinha online com amor e afeto. E é do Razões! Se existe uma história triste, lutamos para transformar em final feliz. Acesse e nos ajude a mudar histórias.
Fonte: São Carlos em Rede/Fotos: Reprodução/Pixabay
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