Foram quase vinte anos de espera, mas o governo dos Estados Unidos aprovou hoje (8) um medicamento chamado Aduhelm que trata pacientes com Alzheimer, o primeiro do tipo a ser liberado desde 2003.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Considerado pioneiro, o fármaco combate o declínio cognitivo que acontece conforme a doença avança.
Esta é uma decisão importante porque tudo que é aprovado por lá repercute no mundo todo. Ou seja, é apenas uma questão de tempo para que o uso do Aduhelm seja discutido e talvez liberado aqui no Brasil.
Leia Mais
Liberação polêmica
A decisão foi tomada pelo FDA, a agência reguladora de medicamentos norte-americana, e despertou polêmica.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Alguns especialistas afirmam que a liberação para comércio é prematura e que ainda faltam evidências dos benefícios do Aduhelm.
“Como costuma acontecer quando se trata de interpretar dados científicos, a comunidade de especialistas ofereceu perspectivas diferentes sobre ele”, disse Patrizia Cavazzoni em um comunicado reconhecendo a polêmica.
“Aduhelm é o primeiro tratamento que visa a fisiopatologia subjacente da doença de Alzheimer, a presença de placas de beta amiloide no cérebro”, explicou a especialista do FDA.
Como funciona
O medicamento, também conhecido como aducanumab, foi desenvolvido a partir de células de defesa de idosos sem demência.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Ao longo dos anos, ele foi testado em dois ensaios com seres humanos em estágio avançado da doença, conhecidos como ensaios de fase 3.
Em um ensaio, houve redução de 22% no declínio cognitivo, mas não no outro. Ainda assim, em todos os estudos, o fármaco demonstrou uma redução no acúmulo de uma proteína chamada beta amiloide no tecido cerebral dos pacientes com Alzheimer.
A comunidade médica acredita que a doença é causada por um acúmulo excessivo dessas proteínas no cérebro de algumas pessoas à medida que envelhecem e seu sistema imunológico se deteriora.
Assim, providenciar anticorpos a esses pacientes pode ser a chave para restaurar sua capacidade mental e eliminar o acúmulo de placas danosas.
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
Medicamento pioneiro
Desde 2003, todos os medicamentos para a doença do Alzheimer se concentraram nos sintomas associados à doença, não em sua causa.
“O Aduhelm é a primeira droga que promete mudar o rumo do Alzheimer em pacientes no estágio inicial da doença”, afirmou Claudia Suemoto, médica e professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 50 milhões de pessoas tenham Alzheimer, especialmente os idosos com mais de 65 anos.
Ao longo do tempo, a doença destrói progressivamente o tecido cerebral, afetando a memória das pessoas, deixando-as desorientadas e às vezes incapazes de realizar as tarefas diárias.
Vale ressaltar que nem o Aduhelm nem qualquer outro medicamento fala em cura do Alzheimer.
Fonte: UOL
Foto de capa: Reprodução / Morada do Sol
Quer ver a sua pauta no Razões? Clique aqui e seja um colaborador do maior site de boas notícias do Brasil.