Ex-diarista vira ‘Rainha do Salgado’ em terminal de ônibus em MS: ‘Ganho 3 vezes mais do que antes’

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A opinião dos passageiros do Terminal Guaicurus, em Campo Grande (MS), é unânime: o melhor salgado da cidade é feito pela vendedora Maria Cícera Vicente, de 46 anos, chamada carinhosamente na região de ‘Rainha do Salgado’.

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Uma cliente assídua dela, Renata Duarte, 19 anos, concorda com o título. “Seu salgado é bem quentinho, crocante, ela tem um creme de alho que a gente pode usar a vontade e eu nunca encontrei um cabelo nos salgados dela”, assegurou a jovem, acrescentando que sempre compra um salgado quando sobra algum dinheiro.

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Maria vende os quitutes por R$ 4,50. Tem hamburgão, coxinha, pão com salsicha, ‘salgado-pizza’, entre outros… Para aqueles que não querem lanchar, ela serve até um cafézinho.

Ao portal ‘Campo Grande News’, a vendedora contou que trabalha como autônoma há cerca de 15 anos – no Terminal, são 10.

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Questionada sobre o sucesso que faz entre a clientela, que sempre recomenda seus quitutes com muito carinho, ela agradece.

“Aceito [os elogios]. Acho que é por conta do tempo que trabalho aqui. A experiência ajuda. E o segredo de você fazer salgado de vender sempre, é você fazer como se fosse para si mesmo ou para sua própria família, entendeu? Esse é o segredo do negócio. Não tem que vender só pensando no dinheiro. Tem que vender pensando em satisfazer a pessoa, porque do mesmo jeito que ela pode sair falando bem, ela também pode falar mal”, disse.

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Maria Cícera também confidenciou que nem todos os salgados são de autoria dela. “Faço coxinha, risoles, espetinho de frango, hambúrguer caseiro, pão italiano, sopa paraguaia, torta de frango, enroladinho. Às vezes eu pego alguma coisa pronta para complementar, para aumentar e chegar um pouco mais cedo. Croissant, pizza, uns negócio de massa folhada, um hambúrguer com cheddar”, explicou.

Seu horário de trabalho dentro do Terminal é sempre o mesmo. Ali, anda livremente abordando os passageiros e oferecendo seus produtos. Como ela não tem ponto fixo, precisa tomar cuidado para não conflitar com os horários de quem tem.

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A vendedora sonha com o dia em que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) liberará seu ponto, pois seu pedido ainda está em espera.

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Antes de abraçar o trabalho de vendedora autônoma, Maria Cícera foi doméstica e diarista. “O que eu ganhava era muito pouco e não dava para viver bem. Tinha que ficar pedindo vale para patroa, coisa chata. Aí comecei a empreender. E eu sempre tive uma mentalidade de trabalhar para ganhar melhor. E nesse tempo, aprendi que quando você sonha, você pode”, afirmou.

Naquela época, não sabia preparar salgados. Foi no aniversário da filha, vendo a vizinha fazer coxinha, que ela se interessou na área.”Comentei que queria aprender para ganhar dinheiro”, relembra.

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Pouco depois, Maria largou o trabalho de doméstica e começou vendendo 20 cozinhas pelas ruas do centro de Campo Grande (MS).

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“O engraçado é que quando cheguei na patroa pedindo para sair, porque eu trabalharia com isso, ela me falou: ‘Você é louca? Vai deixar um serviço que você é registrada por uma coisa que você não tem certeza?’. Eu respondi para ela que se eu não tentasse, eu nunca iria saber e hoje, estou aqui, ganhando o triplo”, completou a vendedora.

Fonte: Campo Grande News
Fonte: Suzana Serviam / Arquivo pessoal

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