Em junho do ano passado, o ex-morador de rua Fernando da Costa Silva, 31 anos, realizou a prova do Encceja, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, em Campo Grande (MS).
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Após seis meses de muita espera e apreensão, Fernando pôde finalmente comemorar a conquista do diploma. Pouco depois de pegar o certificado, ele foi visto em um estacionamento chorando e erguendo as mãos para o céu, bastante emocionado.
“Chorei igual criança e mostrei meu certificado para Deus. Cheguei no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul muito ansioso para saber o resultado, é meu futuro. Para outros o diploma pode ser banal, mas acredito que a educação é a chave do sucesso e estudei muito para chegar até aqui”, conta.
A cena foi gravada por uma servidora do instituto e viralizou nas redes sociais. Fernando achava que estava sozinho e, num momento de pura redenção, se ajoelhou no chão e fez uma oração, agradecendo por não ter desistido.
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Jornada rumo ao diploma
“Minha vida foi escura, difícil. Com 17 anos parei de estudar e saí da casa da minha mãe para morar com os amigos. Fiquei apenas uma semana e fui parar na rua, fiz amizades erradas, me envolvi com drogas e quando vi se passaram 12 anos naquelas condições. Contudo, tive força de vontade e larguei mão daquilo e fui buscar ajuda”, lembra.
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Completamente à deriva, Fernando acabou indo parar em um quartinho próximo à Santa Casa de Campo Grande, onde fez nova amizades que o ajudaram a recomeçar. “Ainda tem gente boa nesse mundo. Soube de uma clínica de reabilitação de um pastor e falei com ele. Só me pediu uma coisa, que prometesse que iria mudar”.
Ele prometeu a si mesmo que largaria o vício e construiria para si um futuro melhor. “Fui abraçado por ele, que me levou para a clínica de reabilitação por dois anos e meio. Lá virei até monitor para ajudar outros que passavam pelo mesmo problema”.
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Após um tempo de recuperação, Fernando passou a andar com as próprias pernas, voltando a trabalhar e estudar. Enquanto cursava Técnico de Enfermagem, acabou se casando. E no meio disso tudo, continuou estudando para passar na prova do Encceja, visando o certificado de conclusão do ensino médio e a conquista da carteirinha do Coren (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul).
As inúmeras noites em claro estudando e revisando cada conteúdo valeram a pena. “A educação me salvou e agora ninguém mais me segura. Quero ter um futuro melhor para ajudar outras pessoas. Vou conseguir e acredito que a nossa próxima entrevista vai ser quando me tornar médico”, diz ele, confiante e cheio de planos.
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Fonte: Campo Grande News/Fotos: Arquivo pessoal
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